13/07/2021 | 08:11
O volume de coletas para doações de sangue no país caiu cerca de 10% em meio a pandemia da Covid-19. Em 2019, o número de coletas de bolsas de sangue chegou a 3.271.824. Já em 2020, esse total caiu para 2.958.665. Os dados foram divulgados em junho pelo Ministério da Saúde, mês celebra a doação de sangue. E foi também pela data, que a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte fez sua parte para reforçar os bancos de sangue do estado.
No dia 11 de junho, foi lançada a campanha de conscientização e incentivo à doação de sangue, disseminada através dos veículos legislativos e das redes sociais. “Falta sangue para pacientes de todas as idades em procedimentos cirúrgicos e tratamentos de patologias de saúde que precisam de transfusão de sangue em todo o Estado”, destacou o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira (PSDB). Não houve lançamento com audiência pública, em razão das medidas de distanciamento da covid-19.
Também em junho, foi realizado o “Dia D” no Centro de Doação de Sangue – Hemovida, em Natal, com o apoio da ALRN. Na ocasião, mais de 50 homens e mulheres da Associação dos Doadores de Sangue e Medula Óssea do RN (Adosan). Para Paulo Neris, presidente da Adosan e recordista em doação de sangue, ter a Assembleia Legislativa na causa da doação incentivando e conscientizando a população sobre a importância de doar é engrandecedor. No momento em que estamos vivendo, essa ação do Legislativo vem ajudar a salvar milhares de vida”.
De acordo com a porta voz do Hemovida, a assistente social Ângela Cely, a ação da Assembleia Legislativa provoca na sociedade a consciência da doação de sangue, no momento mais crítico da saúde do RN. “Hoje, por exemplo, o nosso estoque está com apenas 50% de sua capacidade e um incentivo como esse ajuda a manter nossa missão que é salvar vidas”, ressaltou.
O “Dia D” de doação de sangue, reuniu doadores dos municípios de Tangará, Goianinha, Canguaretama, Pedro Velho e Alto do Rodrigues, como o motorista Ivo de Aquino Rocha, 52 anos, que veio trazendo o grupo de Alto do Rodrigues e decidiu doar pela primeira vez. “Essa é uma forma de ajudar ao próximo. Vou fazer a experiência, se Deus quiser vou ficar doando sempre que puder”, frisou.
A necessidade de doação de sangue no Brasil é alarmante: a cada 15 minutos, uma pessoa precisa de sangue. E no período de pandemia, a realidade piorou pela recomendação de as pessoas ficarem em casa e ainda procurar centros de doação de sangue. “Precisamos conscientizar e mobilizar as pessoas para o ato fundamental de doar sangue. O nosso alerta é para a doação de sangue hoje”, comenta o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira.
Doação
Segundo informações da Saúde, podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos (desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos) que estejam pesando mais de 50 kg. Para menores de 18 anos, é necessário o consentimento dos responsáveis. É preciso levar documento de identidade original, com foto recente, e é recomendado ligar no hemocentro ou ponto de coleta mais próximo para agendar horário.
Pessoas com febre, gripe ou resfriado, diarreia recente, grávidas e mulheres no pós-parto não podem doar temporariamente. Quem teve Covid-19 pode doar sangue depois de 30 dias de cura, mas há outras situações que impedem a doação.