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Opinião
Artigo: Um milhão de famílias, por Alex Viana
Conscientização da classe política é fundamental para desenvolvimento, mas deve ser acompanhada de mobilização social
Alex Viana
07/10/2023 | 05:00

No vasto território brasileiro, os estados enfrentam desafios individuais e coletivos. O Rio Grande do Norte não é uma exceção. Um fato que causa certa perplexidade, porém, é que quase um milhão de famílias potiguares dependem de programas sociais para manter suas necessidades básicas atendidas. Em outras palavras, um terço da população do Estado está, de alguma forma, ancorada ao suporte estatal.

Este dado é, no mínimo, alarmante. Denota um quadro socioeconômico no qual muitos cidadãos estão à margem da prosperidade, confiando no auxílio governamental para sobreviver. O cenário grita por mudanças, não como um lamento pelo passado, mas como um impulso para o futuro.

Com as revoluções tecnológicas e a globalização, vivemos em um mundo onde informações e recursos circulam com rapidez. Possuímos ferramentas de vanguarda que poderiam ser utilizadas para amenizar, ou até mesmo resolver, problemas antigos. A questão central é: como canalizar essa efervescência de possibilidades em soluções reais e sustentáveis?

Inegavelmente, a educação é um pilar central nesse processo. Ela é a pedra angular para o desenvolvimento pessoal e coletivo. No entanto, a solução para tais desafios vai além das salas de aula. Exige um comprometimento de toda a esfera de influência da sociedade. Os pilares governamentais, o Judiciário, o Ministério Público, a imprensa, os líderes de opinião e a sociedade civil têm um papel crucial nessa transformação.

Entretanto, um ponto de partida é incontestável: a conscientização da classe política. Esse é um elemento crucial, pois são os políticos que, em última análise, detêm a chave para a implementação de reformas e políticas públicas significativas. Essa conscientização, porém, deve ser acompanhada de uma mobilização social contínua e crescente.

No Rio Grande do Norte, os desafios são enormes, mas não insuperáveis. A participação cidadã não deve ser encarada como um ideal distante ou uma mera retórica. É um imperativo. Um dever inalienável de todos que desejam ver um Estado mais justo, equitativo e próspero.

Ao refletir sobre essa realidade, não estamos apenas identificando um problema, mas fazendo um chamado à ação. É hora de todos nós, potiguares e brasileiros, olharmos para o futuro com determinação e coragem, prontos para moldar um amanhã melhor para as gerações vindouras.

*Publicado originalmente na edição impressa do AGORA RN deste fim de semana, dias 7 e 8 de outubro de 2023.

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