No dia 11 de agosto deste ano de 2023, o Governo Federal anunciou o Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), prometendo R$ 1,7 trilhão em obras e investimentos no país, dos quais R$ 700,4 bilhões (41,2%) para a Região Nordeste.
Nesta semana, o ministro chefe da Casa Civil da Presidência da República, Rui Costa, veio a Natal anunciar os primeiros recursos para obras no RN, que ficou em penúltimo lugar entre os estados nordestinos, sendo contemplado com apenas 6,5% do volume de recursos destinados à região.
O ranking de investimento do Novo PAC na Região Nordeste:
- Sergipe: R$ 136,6 bilhões
- Bahia: R$ 119,4 bilhões
- Maranhão: R$ 93,9 bilhões
- Pernambuco: R$ 91,9 bilhões
- Ceará: R$ 73,2 bilhões
- Piauí: R$ 56,5 bilhões
- Alagoas: R$ 47 bilhões
- Rio Grande do Norte: R$ 45,1 bilhões
- Paraíba: R$ 36,8 bilhões
Dos quatro estados governados pelo PT (Bahia, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte), nosso RN foi o menos beneficiado pelo Novo PAC, e os recursos são dirigidos para obras importantes, mas insuficientes para que saia do atraso e chegue a um bom patamar de desenvolvimento. As obras previstas no PAC no Rio Grande do Norte são:
- Duplicação da BR-304 (na Reta Tabajara);
- Duplicação da BR-304 (Mossoró no entroncamento da RN-016);
- Duplicação da BR-304 (entroncamento da RN-120 e depois no entroncamento da BR-226);
- Conclusão da Barragem Oiticica;
- Conclusão do Ramal do Apodi;
- Novo Hospital de Urgências e Emergências em Trauma e Neurocirurgia em Parnamirim;
- Moradias do Minha Casa, Minha Vida.
A questão que se coloca é: para onde vai o desenvolvimento do Rio Grande do Norte?
O tempo voa, e a sociedade aguarda uma resposta objetiva do Governo do Estado sobre o que nos espera, seja no futuro próximo, seja no médio e no longo prazo.
Por que a única mulher governadora reeleita no País, do partido do presidente da República, não recebe as melhores bênçãos do Governo Federal? O que falta? Planejamento? Projetos? Prestígio político?
Fátima precisa liderar, convocando as forças produtivas, trabalhadores, universidades e representações da sociedade civil, para construir um Plano de Desenvolvimento para o estado, a várias mãos, quem sabe até com base nos estudos que já estão disponíveis, como o Mais RN, da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern).
Não tem mais como o governo Fátima Bezerra chorar pelo passado, já que a sua gestão é passado e presente. O Estado não pode perder essa oportunidade, pois o RN deu uma retumbante vitória ao presidente Lula. Chegou a hora de o povo potiguar subir a rampa do Palácio do Planalto e exigir do presidente Lula a contrapartida para o desenvolvimento do Estado. (Continua na próxima semana)
*por Sávio Hackradt, que é jornalista.