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Será?

ABC: Em busca de milagre, clube sonha com permanência na B

Combinação improvável de resultados pode manter clube na segunda divisão do futebol nacional; clube precisa vencer cinco partidas recentes e secar rivais diretos na briga pelo rebaixamento
Douglas Lemos
21/10/2023 | 00:10

Ainda há chances matemáticas, mas precisa acontecer praticamente um milagre para o ABC se salvar do rebaixamento à Série C. Para isso, o clube vai precisar vencer todas as cinco últimas rodadas que ainda lhe restam e torcer por combinações de diversos resultados nas seis partidas restantes. Isso porque a 33ª rodada ainda está em aberto, mesmo que o ABC já tenha entrado em campo – o clube foi derrotado por 3 a 1 pelo Atlético/GO.

Com base na combinação gigantesca de resultados, o ABC ainda pode chegar aos 35 pontos se vencer todas as partidas restantes da Série B do Campeonato Brasileiro. Em uma simulação feita pela redação do AGORA RN, o apurado foi de que se o alvinegro fizesse sua parte, ainda precisaria torcer para que Chapecoense, Tombense e Avaí não ultrapassassem a marca de 35 pontos, o máximo que o clube potiguar alcançaria.

Jogadores do ABC cabisbaixos após derrota para Guarani, pela Série B
Jogadores do ABC cabisbaixos após derrota para Guarani, pela Série B - Foto: José Aldenir / AGORA RN

ABC precisa de combinação improvável até o fim do campeonato

Desta maneira, nos seis jogos restantes, a Chapecoense precisaria, no máximo, empatar duas partidas das seis que restam, já que soma 33 pontos. Já o Tombense, que soma 31 pontos, poderia somar no máximo mais quatro e o Avaí precisaria ser derrotado em todas as partidas. Desta maneira, empatado na pontuação, considerando um cenário hipotético em que todos os jogos terão vitória simples – ou seja, com apenas um gol de diferença – o Mais Querido se salvaria por ter saldo de gols -19, enquanto o Avaí somaria -21. Vale ressaltar que na 34ª rodada haverá um confronto direto entre Chapecoense e Tombense.

Mas a probabilidade deste cenário acontecer é tão baixa que o departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que trabalha com um dos rankings de probabilidade mais conhecidos do mundo do futebol, já descarta a possibilidade de salvamento do ABC e dá como 100% a chance de rebaixamento do clube potiguar.

Nos últimos dias, o clima já era de descrença no clube potiguar. Na derrota para o Atlético/GO, na quinta-feira, 19, o técnico do ABC, Argel Fuchs, não falou sobre a possibilidade de salvar o clube. O goleiro Michael, em entrevista, falou em fazer uma reta final para honrar a camisa. “É jogar com honra, motivar. A gente vê quantos times e atletas estão sem calendário até o fim do ano e a gente tem a oportunidade de seis jogos aí. Isso já tem que nos motivar. Jogar por honra, pela nossa família e acima de tudo pelo nosso torcedor que nos apoiou”, disse o arqueiro durante a semana.

Última derrota

Durante a semana o ABC fez uma das duas partidas de abertura da 33ª rodada da Série B. A partida contra o Atlético/GO, em Goiânia, afundou ainda mais o clube potiguar, que é o último colocado, com apenas 20 pontos e aproveitamento de 20%. O clube goiano chegou a abrir 2 a 0 no placar e viu Paulo Sérgio descontar para os visitantes.

“Não entramos bem no jogo, essa é a verdade. Começamos o jogo um pouco desligados, acabamos tomando o gol com 4 ou 5 minutos. Em uma falha coletiva e contra um adversário de peso, vice-líder da competição, então é difícil. Falhamos também no segundo tempo, uma falha coletiva. Tomamos com 6 minutos do segundo tempo o 2 a 0. Depois fizemos o 2 a 1, poderia dar uma motivação extra, mas logo em seguida em uma falha coletiva da gente, a gente acaba tomando o 3 a 1 e o resultado é justo pelo que a gente fez durante os 90 minutos”, avaliou Argel Fuchs.

As falhas, sejam individuais ou coletivas, são uma constante reclamação nos gols tomados pelo ABC durante a Série B. E não só de Fuchs. Allan Aal e Fernando Marchiori também faziam comentários a respeito disso quando comandavam o clube. “Nossa equipe não conseguiu fazer uma boa partida coletivamente. Não jogamos bem, não estivemos bem individualmente, então não temos muito que lamentar”, disse Argel.