No mundo globalizado em que vivemos a violência grassa entre todos nós cada vez mais de forma alarmante. Seguramente que na raiz dela, uma de suas causas mais eloquentes repousa na má qualidade de vida da população. São nações só formalmente independentes e que abrigam grande parte da população mundial que passa fome. Além de pobres estes países, inclusive o Brasil, são dependentes do capital externo. O modelo econômico-financeiro mundial é perverso e injusto. Tal modelo subtrai recursos dos países pobres para os países ricos, submetendo as populações dos primeiros a níveis degradantes de vida: fome, doenças, ignorância e falta de emprego. Numa ordem econômica mundial tão injusta, campeia a discórdia entre as nações, com conflitos e guerras externas e, dentro das nações pobres, ocorrem revoltas, golpes, revoluções, desordens e criminalidade crescente. Em verdade, o mundo todo transformou-se num verdadeiro campo de batalha, onde só falta eclodir a terceira e última guerra mundial, que será nuclear e cibernética. Ora, a História do homem ensina que quando e onde há tão grandes injustiças e desigualdades, não há paz e onde e quando não há paz, impera a violência, quer a dos opressores para subjugarem os oprimidos, quer a destes para se libertarem. Então, agora no presente, como no passado, os povos dos países pobres, oprimidos ou subdesenvolvidos, quando não tomam o caminho da revolta consciente e ideológica, produzindo revoluções, trilha a vida da rebeldia inconsciente e não ideológica, gerando criminalidade indiscriminada e violenta, chegando em casos extremos ao terrorismo.
Assim a injusta ordem econômica e financeira mundial é o primeiro e maior fator gerador da violência e, pois, da criminalidade crescente, indiscriminada, tradicional e não tradicional que assola a maior parte do mundo. No Brasil, a situação de injustiça social, de desigualdade e de marginalização, de grande parte da população, chega a ser alarmante. Não é à toa que os últimos Governos e o que tomou posse em 1º de janeiro de 2023 buscam recursos públicos para atender a milhões de desvalidos. Na raiz da questão vamos constatar que temos milhões de hectares agricultáveis, mas ainda muito pouco são aproveitados, havendo muitas famílias afastadas ou expulsas do campo nas últimas décadas; 33,1 milhões de brasileiros passam fome, outros tantos sofrem distúrbios mentais, muitos viciados em drogas; elevado número de desempregados; existem milhões de crianças e adolescentes carentes, muitos abandonados, desgarrados das famílias; o analfabetismo infantil e as doenças estão em níveis dos mais altos do mundo, superando mesmo alguns países da África.
