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Opinião

41% dos eleitores de Bolsonaro consideram o governo Lula ótimo, bom ou regular

Confira a coluna Opinião deste sábado 10
Redação
10/06/2023 | 08:06

Pesquisa Ipec divulgada nesta sexta-feira 9 pelo jornal O Globo aponta que 37% dos brasileiros classificam a terceira gestão do presidente Lula (PT) como ótimo ou boa. Os que a classificam como regular são 32%, enquanto aqueles que avaliam como ruim ou péssimo somam 28%. Os que não sabem ou não responderam são 3%.

A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos. Luiz Inácio Lula da Silva assumiu seu terceiro mandato em janeiro deste ano, após derrotar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que não se reelegeu. Os dois primeiros mandatos de Lula foram em 2002 e 2006.

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Presidente Lula. Foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil

Em relação à pesquisa anterior, divulgada em 11 de abril, a avaliação positiva de Lula oscilou dois pontos percentuais para baixo, passando de 39% para 37%. Já a reprovação oscilou dois pontos para cima, de 26% para 28%.

No primeiro levantamento, divulgado em 19 de março, a avaliação positiva de Lula era de 41%. Já a reprovação era de 24%. 30% avaliavam como regular na época.

O Ipec também questionou aos entrevistados se eles aprovam ou desaprovam a maneira como o presidente está governando o Brasil. Os que dizem aprovar são 53% e os que desaprovam são 40%. Aqueles que não sabem ou não responderam somam 7%.

Entre aqules que votaram em Bolsonaro nas eleições de 2022, a maioria avalia como ruim ou péssima a atual gestão (56%), mas 8% desses eleitores classificam hoje o governo como ótimo ou e bom, e 33% como regular, totalizando 41% no universo de eleitores de Bolsonaro que não veem a gestão Lula 3 como negativa. O comportamento dos eleitores bolsonaristas é menos homogêneo do que o observado nos que votaram em Lula no segundo turno.

Entre os que escolheram o petista, 68% consideram seu governo ótimo ou bom e 27% o classificam como regular — percentual próximo ao registrado entre eleitores bolsonaristas. Apenas 3% avaliam a atual gestão petista como ruim ou péssima na pesquisa que tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos dentro de um intervalo de confiança de 95%. O Ipec entrevistou presencialmente 2 mil pessoas entre os dias 1º e 5 de junho.

Estratégia
O vereador Kleber Fernandes (PSDB), que andava apagado, revela nos bastidores ter um bom discurso para enfrentar o primeiro lugar nas pesquisas Carlos Eduardo Alves (PSD), caso venha a ser escolhido pelo prefeito Álvaro Dias (Republicanos) para ser seu candidato em Natal. Combativo, Kleber tem na ponta da língua argumentos para desconstruir a imagem do ex-prefeito num debate ou na propaganda de TV.

Solução caseira
Segundo auxiliares, Álvaro Dias avalia realmente uma solução caseira para a disputa do próximo ano. Neste sentido, estaria entre Kleber Fernandes e os secretários Carlson Gomes (Infraestrutura) e Irapoã Nóbrega (Serviços Urbanos), este alcançando 2% das intenções de voto segundo a última pesquisa Exatus/AgoraRN. Carlson entrará na medição na próxima Exatus, na próxima semana.

Plano
Com apoios dos evangélicos, da Câmara de Natal e da Assembleia Legislativa, o deputado federal Paulinho Freire (União Brasil) planeja, visitando as comunidades, chegar até o fim do ano com dois dígitos nas pesquisas. Assim, encarará disputar a Prefeitura do Natal.

Em família
Derrotado na disputa com o senador Rogério Marinho pelo comando do PL, o deputado federal João Maia poderá migrar de partido. Líder do PSD no Estado, o secretário Jaime Calado já abriu as portas do partido para o cunhado.

Ubaldo x Lagartixa
Setores da imprensa ligados ao senador Rogério Marinho (PL) espalharam ontem a narrativa de que o mandato do deputado estadual Ubaldo Fernandes (PSDB) estaria em risco na Assembleia Legislativa. Isso porque o Supremo Tribunal Federal (STF) caminha para dar ao suplente do Podemos a vaga que era de Deltan Dallagnol na Câmara dos Deputados, mesmo ele não tendo atingido a cláusula de barreira para se tornar eleito.

Ubaldo x Lagartixa II
A versão dos rogeristas é que o caso de Dallagnol se assemelha ao de Wendel Lagartixa (PL), que também teve o registro da candidatura cassado. No caso de Lagartixa, o suplente do PL, Tenente Cliveland, foi impedido por decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RN) de ocupar a vaga do partido. Com a nova totalização, Ubaldo assumiu o mandato.

Ubaldo x Lagartixa III
Mas, torcidas à parte, o caso de Lagartixa é diferente do de Dallagnol. Enquanto o ex-coordenador da Lava Jato foi cassado já no exercício do mandato, o PM reformado do Rio Grande do Norte foi impedido até mesmo de ser diplomado. A Justiça Eleitoral tem a jurisprudência de tratar diferente cassações que ocorrem até a diplomação e depois dela. Antes da diplomação, valem as regras eleitorais, inclusive as cláusulas de barreira, que não foi alcançada pelo suplente do PL na Assembleia.

Arcabouço
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, visitará na próxima quinta-feira 15 o Senado, onde vai participar de uma reunião com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e líderes partidários sobre a proposta do novo arcabouço fiscal.

Petrobras
O Rio Grande do Norte será sede do encontro entre o Consórcio Nordeste e a Petrobras, com presença do presidente da estatal, Jean Paul Prates. A reunião acontece no dia 19 de junho, no escritório da Petrobras, no bairro da Cidade da Esperança, em Natal. O encontro é uma oportunidade para colocar em pauta o desenvolvimento de projetos para a região, que tem participação importante e grande potencial no setor de energias renováveis.

Ceará-Mirim
Uma multidão tomou conta do centro de Ceará-Mirim nos últimos três dias, para as festividades do Santo Antônio do Povo, organizado pela gestão do prefeito Júlio César (PSD). No feriado de Corpus Christi, circularam pela cidade a governadora Fátima Bezerra (PT); os líderes do PSD, o secretário Jaime Calado e a senadora Zenaide Maia; e o deputado federal Robinson Faria (PL), entre outras lideranças.

Policiais
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) indicou nesta sexta-feira 9 que pedirá ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que indique quantos presos tem o agravante de ter atacado a vida de policiais civis, militares e outras forças de segurança pública. O anúncio, feito em um vídeo em suas redes sociais, é uma tentativa de manter as corporações, historicamente próximas ao bolsonarismo, ainda conectadas ao grupo.