Ao abrir o 1º Encontro Estadual da Jornada Nacional de Inovação da Indústria, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), Roberto Serquiz, afirmou que inovar deixou de ser um diferencial e se tornou uma necessidade de sobrevivência para as empresas.
“A inovação não é apenas um diferencial competitivo, mas um elemento da sobrevivência estratégica. Isso está na essência deste evento”, destacou Roberto Serquiz, durante a abertura da Jornada, iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Sebrae, realizada nesta sexta-feira 10, no auditório da Casa da Indústria, em Natal.

A Jornada Nacional de Inovação da Indústria é promovida em todo o país com o objetivo de identificar, conectar e dar visibilidade ao Brasil que inova, com foco nos desafios e oportunidades da transição ecológica e digital. No Rio Grande do Norte, o evento é correalizado pela FIERN e pelo Sebrae-RN, reunindo empresas, instituições, lideranças da indústria potiguar, presidentes e diretores de sindicatos filiados à Federação, além de gestores públicos.
As inovações tecnológicas mapeadas no Estado e os desafios identificados serão apresentados no Congresso Nacional de Inovação, previsto para março de 2026. Os resultados serão compartilhados com empresas de diversos setores do país, contribuindo para consolidar uma rede nacional de mobilização entre oferta e demanda, em direção à transição ecológica e digital.
“O futuro não está adiante, começa agora e passa por todos nós”, ressaltou Serquiz. “As mudanças profundas e velozes de hoje, impulsionadas pela circulação da informação e do conhecimento, exigem reflexões que permitam compreender essa realidade. É por isso que a CNI e o Sebrae promovem esses encontros”, observou.
O presidente destacou ainda que as jornadas abordam as transições digital e ecológica como temas centrais. “A transição digital vai muito além de mudanças de processos. Trata-se de repensar toda uma cultura organizacional”, afirmou.
Sobre a transição ecológica, Serquiz destacou que se trata do “caminho entre o mundo que herdamos e o futuro que queremos”. As mudanças necessárias, segundo ele, envolvem consumo, transporte, hábitos e produção. “Tudo isso desperta um processo de inovação. Precisamos compreender que a transição ecológica não é um custo, mas uma oportunidade. Essa é a pauta que devemos discutir, e os painéis desta jornada traduzem bem essa mensagem”, acrescentou.
O presidente da FIERN também mencionou o papel do SENAI e do SESI no Rio Grande do Norte em projetos inovadores. “O Sistema FIERN promove, por meio do SENAI, atividades de formação profissional e pesquisa alinhadas às novas demandas da indústria e, por meio do SESI, ações educacionais coerentes com essas pautas”, afirmou.

Ele citou o trabalho do Instituto SENAI de Energias Renováveis, que atua com formação, pesquisa e consultorias nas áreas de energia eólica, solar e biocombustíveis. Também destacou as escolas de referência do SESI em Natal e em Mossoró, o projeto de uma nova unidade em Currais Novos e a modernização da escola de Macau.
O presidente da FIERN ressaltou ainda a atuação da COINCITEC (Comissão Temática de Inovação, Ciência e Tecnologia), presidida por Djalma Júnior, como elo entre a academia e o setor produtivo. “A COINCITEC faz a conexão entre a academia e as indústrias, levando informações e sensibilizando o setor produtivo para que a inovação aconteça de forma efetiva”, destacou Serquiz.
O presidente da COINCITEC e diretor 1º tesoureiro da federação elogiou a realização da Jornada. “Esse projeto da CNI é fantástico, porque regionaliza as iniciativas e permite compreender o que cada estado tem feito para difundir políticas públicas e buscar recursos voltados à inovação”, afirmou Djalma Júnior.
A coordenadora nacional da Jornada, Marilene Castro, apresentou as etapas das discussões até o Congresso Nacional de Inovação. Segundo ela, a Jornada é um movimento itinerante que revela iniciativas regionais e nacionais em tecnologia, evidenciando o avanço da transição digital e ecológica no país.
O diretor técnico do Sebrae-RN, João Hélio, ressaltou que o ecossistema de inovação do Estado tem se mobilizado para impulsionar projetos com resultados concretos, incluindo ações de interiorização da transição digital e ambiental.