17/10/2018 | 11:36
O presidente da Associação Norte-rio-grandense dos Criadores, Marcelo Passos, fez nesta quarta-feira,17, durante entrevista a um programa de rádio, um tributo ao governador Robinson Faria, candidato derrotado no primeiro turno das eleições.
“O agronegócio potiguar deve muito a ele e muito por causa dele a 56ª edição da Festa do Boi deverá ser uma das melhores da história”, afirmou o dirigente.
Para Passos, o subsídio repassado pelo governo estadual de R$ 200 mil não se compara nem perto ao apoio governamental indireto dado, via a Agência de Fomento do RN (AGN), que liberou muitos financiamentos de até R$ 15 mil a pequenos produtores, permitindo o acesso deles aos cerca 2 mil ovinos em exposição na Feira.
Segundo o presidente da Anorc, este ano, o evento beneficiou-se de uma mentalidade mais arejada a partir da ação de parceiros, como o Sebrae e o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), que trouxeram temas importantes de discussão, como a produção queijeira artesanal e a profissionalização da mão-de-obra no meio rural.
“Essa pegada profissional e mais efetiva facilitou o diálogo junto com o Ministério Público Estadual e o Corpo de Bombeiros na hora de liberar as áreas de entretenimento da festa”, lembrou.
Marcelo Passos disse, ainda, que a profissionalização da parte de shows da Festa do Boi propiciou uma importante agregação de valor ao evento, que se propôs desde o início a se pagar sem a dependência do subsídio oficial do Governo do Estado, que já foi maior no passado, mas que demorava a sair e às vezes nem saia.
“Adotamos uma mentalidade simples: fazer o que precisa ser feito, tanto que aplicamos R$ 25 mil em pequenas obras de acessibilidade quando nosso principal desafio é que o deficientes venham à Festa, o que ainda não acontece”, afirmou.
Na reta final do evento, que termina neste sábado, 20, Marcelo Passos assegurou que os números finais poderão ser maiores que os projetados: 300 mil visitantes e 50 milhões em negócios.
“Nosso objetivo com a Festa do Boi é mostrar o potencial do agronegócio no Rio Grande do0 Norte, que são se limita só aos bovinos, equinos e ovinos, que têm criadores de primeira linha, mas potencialidades que vão além disso e estão hoje em derivados como o queijo artesanal, a ostra, o camarão e as frutas reconhecidas internacionalmente”, lembrou.