22/10/2018 | 12:40
Ao contrário da Federação da Agricultura do Rio Grande do Norte, que oficializou o apoio ao candidato Jair Bolsonaro, a Federação da Indústria preferiu manter uma posição de neutralidade no segundo turno da eleição, dia 28 próximo.
Falando nesta segunda-feira,22, à 96 FM, o presidente da Fiern, Amaro Sales, explicou que a instituição decidiu-se por não ter oficialmente um posicionamento, optando pela isenção que a permitiu convidar ouvir o que tinham a dizer todos os candidatos à Presidência da República e ao governo estadual.
Dos 13 nomes que iniciaram a corrida presidencial, sete estiveram em Natal, atendendo a convite da Federação da Indústria. Da mesma forma, independentemente da pontuação nas pesquisas, todos os candidatos ao governo do RN receberam a mesma oportunidade falar para grandes audiências de empresários.
“Graças a essa isenção, a Fiern promoveu pesquisas eleitorais em parceria com a Instituto Certus, implementando uma série de outras sondagens de interesse da comunidade, em diferentes áreas como educação e segurança”, lembrou Amaro Sales.
O presidente da Fiern comemorou a taxa de acerto das pesquisas promovidas pela instituição e revelou que já se encontra adiantado o plano de promover um observatório cujas informações serão compartilhadas com o público.
“Estamos trabalhando essa plataforma a partir da experiência da Federação da Indústria de Santa Catarina, que tem a expertise desse trabalho em seu estado”, afirmou.
Sobre a sucessão estadual, Sales relatou que ambos os candidatos ao governo do RN – Fátima Bezerra e Carlos Eduardo – já se colocaram à disposição da Fiern para promover uma interação com o programa Mais RN – estudo patrocinado pela instituição e que projeta o desenvolvido do estado para os próximos anos.
Lembrou que há grandes desafios a vencer e eles podem pôr em xeque a popularidade do futuro governantes, especialmente no diz respeito à necessidade de um duro ajuste fiscal.
O RN já está estourado dentro do limite prudencial de gastos (57% contra os 49% estabelecidos) e os poderes já usam 70% do orçamento estadual, quando o limite é 60%.
“Diminuir urgentemente esses gastos e estabelecer um pacto de governabilidade é a principal missão de quem se sentar na cadeira de governante do RN”, afirmou.
Para Amaro Sales, depois de baixar os gastos públicos, que produz um déficit das contas públicas do RN da ordem de R$ 1,4 bilhão por ano, outra grande prioridade do futuro governo potiguar será reduzir a violência.