19/10/2018 | 12:19
Reeleito para seu terceiro mandato na Assembleia Legislativa, o deputado Hermano Moraes (MDB) entende que o próximo governador ou governadora do Rio Grande do Norte terá que ter, além de uma boa assessoria e muito diálogo com toda a sociedade, “coragem”, referindo-se ao ajuste das contas do Estado.
Ele fez essa declaração na noite da última quinta-feira, 18, em entrevista à rádio 98 FM.
Elogiado pela Lei Nivardo Mello, de autoria dele, que regulamenta a produção e comercialização de queijos e manteigas artesanais no RN, Hermano afirmou que quem se sentar na cadeira deixada por Robinson Farias terá que encarar de frente o déficit estadual de R$ 1,3 bilhão, que gerou um rombo mensal de R$ 120 milhões por mês em 2018.
Sempre mantendo a elegância, mesmo na crítica, Hermano afirmou que o erro do atual governo estadual foi não iniciar as reformas necessárias logo nos primeiros dia de governo.
“Com todo o respeito ao governador Robinson, ele imaginou que o País reagiria e que ele poderia administrar sem maiores problemas, o que não aconteceu”, afirmou.
Hermano, que lembrou ter votado em Henrique Alves na última eleição, disse ainda que esse atraso nas reformas administrativas fez com que o RN hoje seja visto por estados como a Paraíba e o Ceará “pelo espelho retrovisor”.
“Os governadores desses estados começaram enfrentando a impopularidade, mas hoje colhem os frutos do que plantaram cedo”, acrescentou.
Apesar disso, ele considera essencial que o futuro governo mantenha em dia a folha salarial dos servidores públicos, uma vez que a economia potiguar depende da transferência desses recursos para se manter.
Mas deixou claro outros segmentos promissores da economia, como o turismo e o agronegócio, não podem ser esquecido, já que precisam do apoio do futuro governo para produzir o emprego e a renda que o estado tanto necessita.
Para Hermano, nessa linha, é preciso buscar sempre a iniciativa privada para manter projetos funcionando. “Mas isso deve ser feito de forma planejada sob a pena de não atingir os objetivos projetados”, observou.
Para o deputado, de longe, o problema da insegurança é o mais grave e exige inteligência e foco para ser combatido, diante das estatísticas que mostram o RN como o quinto destino internacional mais violento do mundo.
“É um triste troféu que deveríamos nos livrar o quanto antes”, afirmou.