

VACINAR EM VEZ DE CPI
Hoje começa o “carnaval da pandemia”. Não adianta “chorar o leite derramado” pela ausência do “maior espetáculo da terra”. A hora é de cautela, isolamento e obediência às regras sanitárias. Os brasileiros querem viver. De agora por diante, o único meio de garantia da vida é a vacina, que jamais poderá ser “politizada” mais do que já foi. Instalar uma CPI no Congresso não significaria poderes para determinar sanções, porque esse instrumento legislativo apenas alerta, não aplica punição a ninguém. Esse alerta foi dado ao País, e o STF já apura em inquérito se houve omissão ou não do governo. Por que duas investigações paralelas? Agora é dar “voto de confiança” ao ministro da Saúde, gostando ou não do governo. Na quinta, ele assumiu o compromisso no Senado da vacinação de 100% do país, até o final do ano. O momento dramático da nação não permite “desconfiança antecipada”, com base em critérios políticos. Cabe recordar o terremoto devastador de Lisboa no século XVIII, quando o rei Dom José perguntou ao Marquês de Alorna como devia agir. Ele respondeu: “sepultar os mortos, cuidar dos vivos…”. A regra de combate à pandemia será lamentar e enterrar os mortos; cuidar dos vivos e acreditar na ciência.
CURIOSIDADES
O carnaval do Rio de Janeiro em 1919, após a pandemia da “gripe espanhola”, que matou 50 milhões no mundo, foi o mais animado de todos os tempos. Carlos Heitor Cony justificou, anos depois, escrevendo: “Acho que o carnaval é uma festa que tenta ser alegre para os tristes”.
- Ruy Castro definiu esse carnaval como o da “revanche”: “a grande desforra contra a peste que dizimara a cidade”.
- Neste carnaval, surgiu o “Cordão da Bola Preta”, que existe até hoje.
- O Brasil não participara da I Guerra Mundial (1914-1918), mas o fim do conflito à época contribuiu para o clima de vingança contra a dor coletiva.
nA esperança é que o carnaval de 2022 supere o de 1919 e os brasileiros possam repetir os versos do poeta Bastos Tigre: “Quem não morreu da espanhola, quem dela pôde escapar, não dá mais tratos à bola, toca a rir, toca a brincar”.
DEM I
“Democratas” (DEM) está dividido em três grupos internos para a eleição presidencial de 2022. Um, apoia a reeleição de Bolsonaro. Outro compõe a base do governador João Doria (PSDB-SP). E o terceiro busca caminho alternativo com a indicação de um novo nome para a disputa.
DEM II
Apoiar Bolsonaro é defendido pelos ministros que integram o governo, como Onyx Lorenzoni (Cidadania) e Tereza Cristina (Agricultura), além do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que aspira ser o vice.
DEM III
Pesquisa do “Estado” constatou que, dos 27 deputados em exercício do partido, 2, apenas dois – Alexandre Leite (SP) e Kim Kataguiri (SP) – descartaram apoiar Bolsonaro em 2022. Os outros responderem que apoiariam, ou admitiram apoiar. Nenhum anuncia a pretensão de deixar o DEM, exceção de Rodrigo Maia. DEM IV O grupo que apoia João Doria tem como líder o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (DEM), além de integrantes da bancada paulista.
DEM V
O presidente do DEM, ACM Neto, político habilidoso, credenciado como administrador, tenta a unidade do partido, mas não esconde que prefere a terceira alternativa, ou seja, um “novo nome” para 2022.
DEM VI
Por tal razão, ACM Neto é contra a indicação do amigo deputado João Roma ao Ministério da Cidadania, mesmo já tendo o aval do presidente. Ele prefere distância do governo. DEM VII O “novo nome” seria o apresentador Luciano Huck, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM-GO), ou composição com Ciro Gomes (PDT-CE). Por pensar assim, ACM Netto está ameaçado pela ala ligada a Bolsonaro, de ser afastado do comando da legenda.
POBRES
70 países pobres só conseguirão vacinar uma em cada dez pessoas.


VACINAR EM VEZ DE CPI
Hoje começa o “carnaval da pandemia”. Não adianta “chorar o leite derramado” pela ausência do “maior espetáculo da terra”. A hora é de cautela, isolamento e obediência às regras sanitárias. Os brasileiros querem viver. De agora por diante, o único meio de garantia da vida é a vacina, que jamais poderá ser “politizada” mais do que já foi. Instalar uma CPI no Congresso não significaria poderes para determinar sanções, porque esse instrumento legislativo apenas alerta, não aplica punição a ninguém. Esse alerta foi dado ao País, e o STF já apura em inquérito se houve omissão ou não do governo. Por que duas investigações paralelas? Agora é dar “voto de confiança” ao ministro da Saúde, gostando ou não do governo. Na quinta, ele assumiu o compromisso no Senado da vacinação de 100% do país, até o final do ano. O momento dramático da nação não permite “desconfiança antecipada”, com base em critérios políticos. Cabe recordar o terremoto devastador de Lisboa no século XVIII, quando o rei Dom José perguntou ao Marquês de Alorna como devia agir. Ele respondeu: “sepultar os mortos, cuidar dos vivos…”. A regra de combate à pandemia será lamentar e enterrar os mortos; cuidar dos vivos e acreditar na ciência.
CURIOSIDADES
O carnaval do Rio de Janeiro em 1919, após a pandemia da “gripe espanhola”, que matou 50 milhões no mundo, foi o mais animado de todos os tempos. Carlos Heitor Cony justificou, anos depois, escrevendo: “Acho que o carnaval é uma festa que tenta ser alegre para os tristes”.
- Ruy Castro definiu esse carnaval como o da “revanche”: “a grande desforra contra a peste que dizimara a cidade”.
- Neste carnaval, surgiu o “Cordão da Bola Preta”, que existe até hoje.
- O Brasil não participara da I Guerra Mundial (1914-1918), mas o fim do conflito à época contribuiu para o clima de vingança contra a dor coletiva.
nA esperança é que o carnaval de 2022 supere o de 1919 e os brasileiros possam repetir os versos do poeta Bastos Tigre: “Quem não morreu da espanhola, quem dela pôde escapar, não dá mais tratos à bola, toca a rir, toca a brincar”.
DEM I
“Democratas” (DEM) está dividido em três grupos internos para a eleição presidencial de 2022. Um, apoia a reeleição de Bolsonaro. Outro compõe a base do governador João Doria (PSDB-SP). E o terceiro busca caminho alternativo com a indicação de um novo nome para a disputa.
DEM II
Apoiar Bolsonaro é defendido pelos ministros que integram o governo, como Onyx Lorenzoni (Cidadania) e Tereza Cristina (Agricultura), além do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que aspira ser o vice.
DEM III
Pesquisa do “Estado” constatou que, dos 27 deputados em exercício do partido, 2, apenas dois – Alexandre Leite (SP) e Kim Kataguiri (SP) – descartaram apoiar Bolsonaro em 2022. Os outros responderem que apoiariam, ou admitiram apoiar. Nenhum anuncia a pretensão de deixar o DEM, exceção de Rodrigo Maia. DEM IV O grupo que apoia João Doria tem como líder o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (DEM), além de integrantes da bancada paulista.
DEM V
O presidente do DEM, ACM Neto, político habilidoso, credenciado como administrador, tenta a unidade do partido, mas não esconde que prefere a terceira alternativa, ou seja, um “novo nome” para 2022.
DEM VI
Por tal razão, ACM Neto é contra a indicação do amigo deputado João Roma ao Ministério da Cidadania, mesmo já tendo o aval do presidente. Ele prefere distância do governo. DEM VII O “novo nome” seria o apresentador Luciano Huck, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM-GO), ou composição com Ciro Gomes (PDT-CE). Por pensar assim, ACM Netto está ameaçado pela ala ligada a Bolsonaro, de ser afastado do comando da legenda.
POBRES
70 países pobres só conseguirão vacinar uma em cada dez pessoas.


O dilema de Rodrigo Maia
O deputado Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara, vive um dilema. Circulam versões sobre as causas do seu desentendimento com a cúpula do DEM. A olho nu, é possível perceber que ACM Neto e Davi Alcolumbre montaram estratégia comum para o Democratas ganhar a presidência do Senado. Como forma de compensação ao MDB, exigiram o apoio de Rodrigo a um candidato emedebista para presidência da Câmara. Rodrigo, a contragosto, aceitou o deputado Baleia Rossi, embora o seu nome preferido fosse Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), eficiente deputado paraibano. Na reta final, estava visível que Artur Lira seria eleito. Ao invés da solidariedade a Rodrigo Maia, por ter cumprido o acordo na Câmara, as lideranças do seu partido “lavaram as mãos” e consentiram em liberar a bancada, alegando risco da divisão interna. Agora, Rodrigo enfrenta o dilema, que todo político é vítima, quando sofre “golpes” no seu próprio partido: não tem para onde ir, sobretudo pelas implicações regionais. Com exceções, as cúpulas se fecham para evitar concorrência ou vetam por ideologias e comemoram o “um a menos”. O drama pessoal de Rodrigo é a prova de existência da “ditadura partidária” brasileira, na qual o militante nada influi. Prevalecem as decisões dos “latifúndios partidários”, administrados pelos proprietários privados das siglas. Até Bolsonaro sente na pele essas dificuldades, ao procurar o seu novo partido.
Do mundo
Tailândia: o país vive a maior crise política do planeta. Há um ano ocorrem protestos de rua contra o governo do general Payot Chan e o rei Manha Vajiralongkorn, que esbanja dinheiro e vive maior parte do tempo na Alemanha, onde recentemente fez quarentena na companhia de 20 mulheres. No país é previsto o crime de lesa-majestade. Qualquer crítica ao rei pode valer 35 anos de cadeia.
Disneyworld
Melancólicos os depoimentos sobre a desativação turística na cidade de Orlando (USA). Logo neste ano especial, quando em 01 de outubro, o “Walt Disney World Resort” completará 50 anos de sua inauguração.
Rainha Elizabeth II
No Reino Unidos há também acusações de privilégios. A atual Rainha pressionou o governo britânico para aprovar lei, visando esconder a sua riqueza privada do público. As participações e investimentos privados da Rainha estão até hoje sob sigilo.
Previsão
China e Ásia já recuperaram o choque econômico de 2020. Economias emergentes como o Brasil ficam para trás.
Tap & Lufthansa
A Lufthansa poderá participar majoritariamente no capital da TAP. A Lufthansa recebeu ajuda financeira do governo alemão e enquanto não devolver 75% do valor recebido, não pode expandir-se. Qualquer semelhança com quem recebe incentivos fiscais no Brasil é mera coincidência!
Vacina
A OMS já disse que, mesmo com a vacina, imunidade impossível em 2021.
Saúde mental
Aumentam as sequelas na saúde mental, em decorrência da pandemia. Na Europa, algumas empresas já criam um novo cargo: diretor de saúde mental. A inovação já existe na cervejaria brasileira Ambev.
Agronegócio
A saída do Reino Unido da União Europeia beneficia o agronegócio brasileiro. Os britânicos importam quase tudo que consomem. Favorece o aumento das nossas exportações de alimentos.
Riqueza
A Covid aumentou a atração dos bilionários pela cidade de Malibu, na costa da Califórnia (USA). Casas são alugadas a U$ 200 mil dólares por mês. Imóveis vendidos até por U$ 100 milhões de dólares.
Marte
Já estão em Marte as sondas especiais terrestres dos Emirados Árabes e da China. No dia 18 chegará a americana. Objetivo comum: conhecer melhor o planeta e determinar se alguma vez existiu vida em Marte. As sondas foram lançadas há cerca de sete meses e percorreram 400 milhões de kms entre os dois planetas.


O dilema de Rodrigo Maia
O deputado Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara, vive um dilema. Circulam versões sobre as causas do seu desentendimento com a cúpula do DEM. A olho nu, é possível perceber que ACM Neto e Davi Alcolumbre montaram estratégia comum para o Democratas ganhar a presidência do Senado. Como forma de compensação ao MDB, exigiram o apoio de Rodrigo a um candidato emedebista para presidência da Câmara. Rodrigo, a contragosto, aceitou o deputado Baleia Rossi, embora o seu nome preferido fosse Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), eficiente deputado paraibano. Na reta final, estava visível que Artur Lira seria eleito. Ao invés da solidariedade a Rodrigo Maia, por ter cumprido o acordo na Câmara, as lideranças do seu partido “lavaram as mãos” e consentiram em liberar a bancada, alegando risco da divisão interna. Agora, Rodrigo enfrenta o dilema, que todo político é vítima, quando sofre “golpes” no seu próprio partido: não tem para onde ir, sobretudo pelas implicações regionais. Com exceções, as cúpulas se fecham para evitar concorrência ou vetam por ideologias e comemoram o “um a menos”. O drama pessoal de Rodrigo é a prova de existência da “ditadura partidária” brasileira, na qual o militante nada influi. Prevalecem as decisões dos “latifúndios partidários”, administrados pelos proprietários privados das siglas. Até Bolsonaro sente na pele essas dificuldades, ao procurar o seu novo partido.
Do mundo
Tailândia: o país vive a maior crise política do planeta. Há um ano ocorrem protestos de rua contra o governo do general Payot Chan e o rei Manha Vajiralongkorn, que esbanja dinheiro e vive maior parte do tempo na Alemanha, onde recentemente fez quarentena na companhia de 20 mulheres. No país é previsto o crime de lesa-majestade. Qualquer crítica ao rei pode valer 35 anos de cadeia.
Disneyworld
Melancólicos os depoimentos sobre a desativação turística na cidade de Orlando (USA). Logo neste ano especial, quando em 01 de outubro, o “Walt Disney World Resort” completará 50 anos de sua inauguração.
Rainha Elizabeth II
No Reino Unidos há também acusações de privilégios. A atual Rainha pressionou o governo britânico para aprovar lei, visando esconder a sua riqueza privada do público. As participações e investimentos privados da Rainha estão até hoje sob sigilo.
Previsão
China e Ásia já recuperaram o choque econômico de 2020. Economias emergentes como o Brasil ficam para trás.
Tap & Lufthansa
A Lufthansa poderá participar majoritariamente no capital da TAP. A Lufthansa recebeu ajuda financeira do governo alemão e enquanto não devolver 75% do valor recebido, não pode expandir-se. Qualquer semelhança com quem recebe incentivos fiscais no Brasil é mera coincidência!
Vacina
A OMS já disse que, mesmo com a vacina, imunidade impossível em 2021.
Saúde mental
Aumentam as sequelas na saúde mental, em decorrência da pandemia. Na Europa, algumas empresas já criam um novo cargo: diretor de saúde mental. A inovação já existe na cervejaria brasileira Ambev.
Agronegócio
A saída do Reino Unido da União Europeia beneficia o agronegócio brasileiro. Os britânicos importam quase tudo que consomem. Favorece o aumento das nossas exportações de alimentos.
Riqueza
A Covid aumentou a atração dos bilionários pela cidade de Malibu, na costa da Califórnia (USA). Casas são alugadas a U$ 200 mil dólares por mês. Imóveis vendidos até por U$ 100 milhões de dólares.
Marte
Já estão em Marte as sondas especiais terrestres dos Emirados Árabes e da China. No dia 18 chegará a americana. Objetivo comum: conhecer melhor o planeta e determinar se alguma vez existiu vida em Marte. As sondas foram lançadas há cerca de sete meses e percorreram 400 milhões de kms entre os dois planetas.


Bolsonaro agradece a Lula
“Lula me pediu para colocar o bloco na rua e eu aceitei” – declarou Fernando Haddad ao apresentar-se como potencial candidato do PT à presidência da República em 2022. Foi mais adiante, ao dizer que só será candidato, caso os direitos políticos de Lula não sejam restituídos até lá. Trocando em miúdos, a preferência será Lula voltar à presidência, na hipótese do STF decidir que o juiz Sérgio Moro agiu com parcialidade nas condenações, o que, talvez, possa levar ao restabelecimento dos direitos políticos do ex-presidente. Certamente, se indagado, o presidente Bolsonaro agradeceria a Lula. É exatamente este cenário de polarização, idêntico a 2018, que ele deseja para 2022. O PT reproduz o seu desejo de manter a hegemonia sobre a esquerda, mesmo que isso crie “dissidências”. A primeira crítica a Lula veio do PSOL, cujo presidente, Boulos, declarou que, antes de se pensar em nomes, é necessário definir um projeto como alternativa à tentativa de reeleição de Bolsonaro. Boulos, que aspira ser candidato, manifestou “insatisfação” idêntica aos governadores Rui Costa, Camilo Santana, Wellington Dias, o governador Flávio Dino (aliado do PCdoB) e o senador Jaques Wagner, também pré-candidatos potenciais.
Olho aberto
O exemplo emblemático da eleição passada foi o “veto petista” à candidatura de Marília Arraes ao governo de Pernambuco e o apoio dado a Paulo Câmara, candidato do PSB, que declarou neutralidade nas eleições presidenciais. Ciro Gomes (PDT) contava com o PSB, para ampliar seu tempo na propaganda gratuita e até hoje não perdoa Lula.
- O lançamento de Haddad “implode” a esquerda, que se não for capaz de montar uma “ frente ampla”, até com parte do centro, terá dificuldades de chegar ao segundo turno. As eleições do Congresso tornaram o cenário mais favorável à reeleição de Bolsonaro, que aparentemente dividiu a centro-direita.
- Ciro Gomes poderá ser o maior prejudicado. Rodrigo Maia e grupo de democratas sinalizavam a possibilidade de uma composição de centro-esquerda com ele, o que se inviabilizou, por enquanto.
- Entretanto, nada é definitivo. Sempre bom lembrar Magalhães Pinto: “Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”.
- Considerando o desgaste histórico do PT e a desunião da esquerda, ninguém duvida de uma rearticulação da centro-direita (até com simpatias da esquerda não radical) para isolar Bolsonaro na extrema-direita. Neste contexto, o DEM disporia de nomes com maior confiabilidade para essa disputa: ACM Netto, Mandetta e o senador Rodrigo Pacheco, que desponta no cenário nacional. O governador João Doria, embora com a força do cargo e o controle do PSDB, desgastou-se muito.
- Uma observação final: a previsão é que em 2022 o voto seja mais responsável. As eleições municipais mostraram não valer mais essa história de “velha, ou nova” política. O eleitor quer “credibilidade, competência e experiência”. Os partidos terão que “abrir o olho”, sobretudo nas escolhas para eleições majoritárias.
Tambaú
Prova de boa gestão empresarial do grupo A. Gaspar, proprietário do Ocean Palace, ao adquirir o Hotel Tambaú, de João Pessoa. Amplia a rede hoteleira e favorece Natal, com “pacotes“ turísticos entre as duas cidades.
Youtube
Está divulgada no Youtube, a entrevista do autor desta coluna, concedida ao jornalista Nelson Freire e divulgada ontem, na Band Natal. Análises políticas que vão de Bolsonaro a Fátima Bezerra.
Lula & STF
Mesmo que o STF considere Moro parcial no julgamento de Lula, o petista seguiria inelegível. O problema é que Lula tem outra condenação nas obras do sítio de Atibaia. O processo a ser julgado trata apenas do caso do tríplex no Guarujá.


Bolsonaro agradece a Lula
“Lula me pediu para colocar o bloco na rua e eu aceitei” – declarou Fernando Haddad ao apresentar-se como potencial candidato do PT à presidência da República em 2022. Foi mais adiante, ao dizer que só será candidato, caso os direitos políticos de Lula não sejam restituídos até lá. Trocando em miúdos, a preferência será Lula voltar à presidência, na hipótese do STF decidir que o juiz Sérgio Moro agiu com parcialidade nas condenações, o que, talvez, possa levar ao restabelecimento dos direitos políticos do ex-presidente. Certamente, se indagado, o presidente Bolsonaro agradeceria a Lula. É exatamente este cenário de polarização, idêntico a 2018, que ele deseja para 2022. O PT reproduz o seu desejo de manter a hegemonia sobre a esquerda, mesmo que isso crie “dissidências”. A primeira crítica a Lula veio do PSOL, cujo presidente, Boulos, declarou que, antes de se pensar em nomes, é necessário definir um projeto como alternativa à tentativa de reeleição de Bolsonaro. Boulos, que aspira ser candidato, manifestou “insatisfação” idêntica aos governadores Rui Costa, Camilo Santana, Wellington Dias, o governador Flávio Dino (aliado do PCdoB) e o senador Jaques Wagner, também pré-candidatos potenciais.
Olho aberto
O exemplo emblemático da eleição passada foi o “veto petista” à candidatura de Marília Arraes ao governo de Pernambuco e o apoio dado a Paulo Câmara, candidato do PSB, que declarou neutralidade nas eleições presidenciais. Ciro Gomes (PDT) contava com o PSB, para ampliar seu tempo na propaganda gratuita e até hoje não perdoa Lula.
- O lançamento de Haddad “implode” a esquerda, que se não for capaz de montar uma “ frente ampla”, até com parte do centro, terá dificuldades de chegar ao segundo turno. As eleições do Congresso tornaram o cenário mais favorável à reeleição de Bolsonaro, que aparentemente dividiu a centro-direita.
- Ciro Gomes poderá ser o maior prejudicado. Rodrigo Maia e grupo de democratas sinalizavam a possibilidade de uma composição de centro-esquerda com ele, o que se inviabilizou, por enquanto.
- Entretanto, nada é definitivo. Sempre bom lembrar Magalhães Pinto: “Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”.
- Considerando o desgaste histórico do PT e a desunião da esquerda, ninguém duvida de uma rearticulação da centro-direita (até com simpatias da esquerda não radical) para isolar Bolsonaro na extrema-direita. Neste contexto, o DEM disporia de nomes com maior confiabilidade para essa disputa: ACM Netto, Mandetta e o senador Rodrigo Pacheco, que desponta no cenário nacional. O governador João Doria, embora com a força do cargo e o controle do PSDB, desgastou-se muito.
- Uma observação final: a previsão é que em 2022 o voto seja mais responsável. As eleições municipais mostraram não valer mais essa história de “velha, ou nova” política. O eleitor quer “credibilidade, competência e experiência”. Os partidos terão que “abrir o olho”, sobretudo nas escolhas para eleições majoritárias.
Tambaú
Prova de boa gestão empresarial do grupo A. Gaspar, proprietário do Ocean Palace, ao adquirir o Hotel Tambaú, de João Pessoa. Amplia a rede hoteleira e favorece Natal, com “pacotes“ turísticos entre as duas cidades.
Youtube
Está divulgada no Youtube, a entrevista do autor desta coluna, concedida ao jornalista Nelson Freire e divulgada ontem, na Band Natal. Análises políticas que vão de Bolsonaro a Fátima Bezerra.
Lula & STF
Mesmo que o STF considere Moro parcial no julgamento de Lula, o petista seguiria inelegível. O problema é que Lula tem outra condenação nas obras do sítio de Atibaia. O processo a ser julgado trata apenas do caso do tríplex no Guarujá.