

TODA REGRA…
Com a reforma ortográfica, o hífen de algumas palavras compostas foi cassado. Se repararmos, as palavras formadas de dois ou mais vocábulos ligados por preposição, conjunção ou pronome perderam o tracinho. Assim, “pé-de-moleque” virou “pé de moleque”; “tomara-que-caia” ficou menos complicado: “tomara que caia”. As cores também sofreram transformação. Antes, “cor de laranja” e “cor de vinho”, por exemplo, tinham hífen. Agora, estão livres. A exceção da regra é “cor-de-rosa”, que manteve o hífen.
“PORÉM, AI PORÉM, HÁ UM CASO DIFERENTE”
Nomes de bichos e plantas mantiveram o hífen: comigo-ninguém-pode, cana-de-açúcar, castanha-do-pará, joão-de-barro.
DISPUTA
O substantivo “disputa” é uma cacofonia pronta. Há um mês, a imprensa só falava em “disputa pela presidência da Câmara e do Senado”. Um dos mais famosos cacófatos é a frase “Ela é mulher que se disputa”. Para quem quer fugir desse verbo nesse tipo de sentença, seguem sinônimos: atalhar, competir, concorrer, pleitear, renhir, rivalizar.
GERÚNDIO
Queridinho de muita gente, que abusa do seu uso. É preciso ter atenção porque o gerúndio é seletivo. Para começar, basta entender que ele repele o “embora”. Não se deve escrever “embora saindo”, “embora sendo’, mas “embora saia”, “embora seja”. Se empregado em uma oração, não aceita que o sujeito venha antes dele: “Começando as aulas presenciais, os alunos deverão ter muito foco”. Jamais diga: “As aulas presenciais começando, os alunos…”


TODA REGRA…
Com a reforma ortográfica, o hífen de algumas palavras compostas foi cassado. Se repararmos, as palavras formadas de dois ou mais vocábulos ligados por preposição, conjunção ou pronome perderam o tracinho. Assim, “pé-de-moleque” virou “pé de moleque”; “tomara-que-caia” ficou menos complicado: “tomara que caia”. As cores também sofreram transformação. Antes, “cor de laranja” e “cor de vinho”, por exemplo, tinham hífen. Agora, estão livres. A exceção da regra é “cor-de-rosa”, que manteve o hífen.
“PORÉM, AI PORÉM, HÁ UM CASO DIFERENTE”
Nomes de bichos e plantas mantiveram o hífen: comigo-ninguém-pode, cana-de-açúcar, castanha-do-pará, joão-de-barro.
DISPUTA
O substantivo “disputa” é uma cacofonia pronta. Há um mês, a imprensa só falava em “disputa pela presidência da Câmara e do Senado”. Um dos mais famosos cacófatos é a frase “Ela é mulher que se disputa”. Para quem quer fugir desse verbo nesse tipo de sentença, seguem sinônimos: atalhar, competir, concorrer, pleitear, renhir, rivalizar.
GERÚNDIO
Queridinho de muita gente, que abusa do seu uso. É preciso ter atenção porque o gerúndio é seletivo. Para começar, basta entender que ele repele o “embora”. Não se deve escrever “embora saindo”, “embora sendo’, mas “embora saia”, “embora seja”. Se empregado em uma oração, não aceita que o sujeito venha antes dele: “Começando as aulas presenciais, os alunos deverão ter muito foco”. Jamais diga: “As aulas presenciais começando, os alunos…”


AS CORES DOS TIMES DE FUTEBOL
As agremiações futebolísticas, por vezes, são identificadas pelas cores. O alviverde Palmeiras conquistou a Taça Libertadores da América, enfrentando o alvinegro Santos. O time que tem as cores verde e branca também pode ser chamado de “albiverde” (forma menos usada). Essa troca do “V” pelo “B”, ou vice-versa, é mais comum do que se pode imaginar na língua portuguesa; principalmente, na formação do grau absoluto sintético. Vejamos: amável – amabilíssimo; incrível – incredibilíssi mo; livre – libérrimo; miserável – miserabilíssimo; notável – notabilíssimo.
VOLTANDO AOS TIMES…
A camisa da seleção argentina é alviceleste (branca e azul). O termo “azulino” identifica o CSA, de Alagoas. As duas expressões soam melhor que “alvicerúleo”.
O ACORDO ORTOGRÁFICO
Muito cuidado, pois “alviverde”, “alvinegro” e “alviceleste” não apresentam curiosidade na grafia. Juntam-se os termos que designam as cores sem mais delongas. Mas “alvirrubro” tem uma curiosidade: o duplo “R”. Essa foi a saída para preservar o som do “R” em “rubro” (som semelhante ao de “rato”, “rei”). Se a grafia ocorresse com apenas um “R”, o som seria como o de “carinho”, “Caruaru”. O Clube de Regatas Brasil (CRB), de Alagoas, prefere ser identificado como “regatiano”.
POR FALAR EM FUTEBOL
Não há hifen que tenha coragem de separar os prefixos “bi”, “tri”, “tetra”, “penta” etc. do termo campeão. Os termos “eneacampeão” (nove vezes) e “decampeão” (dez vezes) são usados geralmente quando os títulos são consecutivos. Quando alguém ou uma equipe vence por onze vezes consecutivas, chamamos “hendecacampeão”.


AS CORES DOS TIMES DE FUTEBOL
As agremiações futebolísticas, por vezes, são identificadas pelas cores. O alviverde Palmeiras conquistou a Taça Libertadores da América, enfrentando o alvinegro Santos. O time que tem as cores verde e branca também pode ser chamado de “albiverde” (forma menos usada). Essa troca do “V” pelo “B”, ou vice-versa, é mais comum do que se pode imaginar na língua portuguesa; principalmente, na formação do grau absoluto sintético. Vejamos: amável – amabilíssimo; incrível – incredibilíssi mo; livre – libérrimo; miserável – miserabilíssimo; notável – notabilíssimo.
VOLTANDO AOS TIMES…
A camisa da seleção argentina é alviceleste (branca e azul). O termo “azulino” identifica o CSA, de Alagoas. As duas expressões soam melhor que “alvicerúleo”.
O ACORDO ORTOGRÁFICO
Muito cuidado, pois “alviverde”, “alvinegro” e “alviceleste” não apresentam curiosidade na grafia. Juntam-se os termos que designam as cores sem mais delongas. Mas “alvirrubro” tem uma curiosidade: o duplo “R”. Essa foi a saída para preservar o som do “R” em “rubro” (som semelhante ao de “rato”, “rei”). Se a grafia ocorresse com apenas um “R”, o som seria como o de “carinho”, “Caruaru”. O Clube de Regatas Brasil (CRB), de Alagoas, prefere ser identificado como “regatiano”.
POR FALAR EM FUTEBOL
Não há hifen que tenha coragem de separar os prefixos “bi”, “tri”, “tetra”, “penta” etc. do termo campeão. Os termos “eneacampeão” (nove vezes) e “decampeão” (dez vezes) são usados geralmente quando os títulos são consecutivos. Quando alguém ou uma equipe vence por onze vezes consecutivas, chamamos “hendecacampeão”.


TIRAR A TEMPERATURA?
Neste período de pandemia, a entrada em alguns lugares tem sido controlada. Uma medida muito utilizada é a verificação da temperatura. Nessas horas, as pessoas insistem em dizer que precisam “tirar a temperatura”, assim como já diziam “tirar a pressão”. Dessa forma, corremos sérios riscos, pois ninguém vive sem “temperatura” ou “pressão”. A função dos aparelhos é verificar ou medir, nunca tirar.
O TRANSPLANTADO
Outro deslize na área médica é afirmar que o “transplantado teve alta”. O paciente é quem tem alta. O transplantado é o órgão. Quem recebe o órgão é o receptor; quem doa é o doador. Então, melhor seria dizer que o paciente do transplante teve alta.
PLANTEL
É comum, na esfera esportiva, em especial no futebol, dizer que determinado clube tem um bom plantel para se referir ao grupo ou conjunto de jogadores de que dispõe o time. “Plantel” é coletivo de animais selecionados. Os atletas não se incomodam, e a imprensa não corrige. Segue o jogo das inadequações linguísticas.
COMPROMETIDO
Nas eleições municipais, um candidato garantiu que estava “compromissado com a verdade”. Em compensação, não estava com o português, pois, se tivesse algum compromisso, diria que estava “comprometido com a verdade”. Quando formamos o particípio, devemos ter em mente que ele deriva do infinitivo do verbo (comprometer); nunca do substantivo (compromisso). Isso vale para todos os casos.
CONVITE
Convite que causa arrepios é aquele que traz a frase isolada: “Contando com sua prestigiosa presença”. Seja em qual for a correspondência, essa forma verbal exige sempre a presença de outro verbo, para que a frase tenha sentido. Se o interesse é manter o gerúndio, uma opção seria: “Contando com sua prestigiosa presença, renovamos saudações”. Se a opção é escrever apenas uma frase, uma alternativa válida é dizer: “Contamos com sua prestigiosa presença”. Desse jeito, a língua será prestigiada.


TIRAR A TEMPERATURA?
Neste período de pandemia, a entrada em alguns lugares tem sido controlada. Uma medida muito utilizada é a verificação da temperatura. Nessas horas, as pessoas insistem em dizer que precisam “tirar a temperatura”, assim como já diziam “tirar a pressão”. Dessa forma, corremos sérios riscos, pois ninguém vive sem “temperatura” ou “pressão”. A função dos aparelhos é verificar ou medir, nunca tirar.
O TRANSPLANTADO
Outro deslize na área médica é afirmar que o “transplantado teve alta”. O paciente é quem tem alta. O transplantado é o órgão. Quem recebe o órgão é o receptor; quem doa é o doador. Então, melhor seria dizer que o paciente do transplante teve alta.
PLANTEL
É comum, na esfera esportiva, em especial no futebol, dizer que determinado clube tem um bom plantel para se referir ao grupo ou conjunto de jogadores de que dispõe o time. “Plantel” é coletivo de animais selecionados. Os atletas não se incomodam, e a imprensa não corrige. Segue o jogo das inadequações linguísticas.
COMPROMETIDO
Nas eleições municipais, um candidato garantiu que estava “compromissado com a verdade”. Em compensação, não estava com o português, pois, se tivesse algum compromisso, diria que estava “comprometido com a verdade”. Quando formamos o particípio, devemos ter em mente que ele deriva do infinitivo do verbo (comprometer); nunca do substantivo (compromisso). Isso vale para todos os casos.
CONVITE
Convite que causa arrepios é aquele que traz a frase isolada: “Contando com sua prestigiosa presença”. Seja em qual for a correspondência, essa forma verbal exige sempre a presença de outro verbo, para que a frase tenha sentido. Se o interesse é manter o gerúndio, uma opção seria: “Contando com sua prestigiosa presença, renovamos saudações”. Se a opção é escrever apenas uma frase, uma alternativa válida é dizer: “Contamos com sua prestigiosa presença”. Desse jeito, a língua será prestigiada.