

ACERCA DE / A CERCA DE / HÁ CERCA DE
É preciso ter cuidado ao usar uma dessas expressões, pois elas apresentam semelhanças na grafia e no sentido. A forma acerca de corresponde a respeito de, sobre: “O político falou tudo acerca do assunto”. Já a expressão a cerca de tem o valor de aproximidade. A preposição a surge por exigência regencial, uma vez que a locução é apenas cerca de (perto de): “A jovem escreveu a cerca de duzentas pessoas”; “Cerca de duzentas pessoas falaram”. A outra forma é composta pelo verbo haver, no sentido de tempo decorrido mais a locução prepositiva cerca de (por próximo, mais ou menos). Neste caso, temos: “Há cerca de vinte anos, o Brasil disputava mais um título mundial de futebol”. Não podemos nos esquecer de que existe o substantivo cerca: “A cerca do sítio Santa Luzia é muito alta”. Facilitando: Acerca de = sobre; A cerca de = aproximadamente; Há cerca de = faz aproximadamente.
AFIM / A FIM
A expressão afim funciona como substantivo e como adjetivo. Quando substantivo, tem o valor de parentes, familiares: “Os afins do deputado não moram em Brasília”. Já como adjetivo, corresponde a próximo, semelhante, correlato, etc: “Temos temperamentos afins”. Empregamos a locução prepositiva a fim de com o sentido de finalidade: “Ele estuda a fim de vencer”.
MAL / MAU
São duas palavras simples, mas, às vezes, causam situações constrangedoras a pessoas descuidadas. Observe: Mal é advérbio e pode ser substituído pelo seu antônimo bem: “O candidato fala mal”. Mal é conjunção subordinativa temporal. Corresponde a logo que, assim que: “Mal chegou, teve de ir embora”. Mal é substantivo, seu antônimo é bem, plural males: “O mal corrói o homem”. Mau quando modifica o substantivo, é um adjetivo. O seu feminino é m á e opõe-se a bom: “Roberto teve um mau resultado no jogo”. Obs.: Para não ter dúvidas, tente passar a frase para o plural, se “mal” não for alterado, sabe-se então que é advérbio porque o advérbio é invariável.
POR QUE / POR QUÊ / PORQUE / PORQUÊ
Usamos por que em dois casos : nas frases interrogativas (que não seja no final ) e quando for substituível por pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais : “Por que parou ?” “E eles, por que pararam?”. Note que se subentende a palavra motivo: “E eles, por que ( motivo) pararam”; “As dificuldades por que passei foram muitas” (As dificuldades pelas quais passei foram muitas). Grafa-se por quê, quando essa expressão estiver próxima a um ponto final : “Parou por quê ?”; “Ninguém sabe por quê”. Porque é uma conjunção, equivalendo a pois, já que, uma vez que, como : “Parei porque vi violência”; “Sei que tudo vai dar certo porque não falta empenho”. Raras vezes, porque indica finalidade, equivalendo a para que, a fim de: “Não julgues porque não te julgem”. Grafa-se porquê, quando essa palavra estiver substantivada (antecedida de artigo): “O porquê da questão não foi esclarecido”; “Um porquê pode ser grafado de quatro maneiras”.


ACERCA DE / A CERCA DE / HÁ CERCA DE
É preciso ter cuidado ao usar uma dessas expressões, pois elas apresentam semelhanças na grafia e no sentido. A forma acerca de corresponde a respeito de, sobre: “O político falou tudo acerca do assunto”. Já a expressão a cerca de tem o valor de aproximidade. A preposição a surge por exigência regencial, uma vez que a locução é apenas cerca de (perto de): “A jovem escreveu a cerca de duzentas pessoas”; “Cerca de duzentas pessoas falaram”. A outra forma é composta pelo verbo haver, no sentido de tempo decorrido mais a locução prepositiva cerca de (por próximo, mais ou menos). Neste caso, temos: “Há cerca de vinte anos, o Brasil disputava mais um título mundial de futebol”. Não podemos nos esquecer de que existe o substantivo cerca: “A cerca do sítio Santa Luzia é muito alta”. Facilitando: Acerca de = sobre; A cerca de = aproximadamente; Há cerca de = faz aproximadamente.
AFIM / A FIM
A expressão afim funciona como substantivo e como adjetivo. Quando substantivo, tem o valor de parentes, familiares: “Os afins do deputado não moram em Brasília”. Já como adjetivo, corresponde a próximo, semelhante, correlato, etc: “Temos temperamentos afins”. Empregamos a locução prepositiva a fim de com o sentido de finalidade: “Ele estuda a fim de vencer”.
MAL / MAU
São duas palavras simples, mas, às vezes, causam situações constrangedoras a pessoas descuidadas. Observe: Mal é advérbio e pode ser substituído pelo seu antônimo bem: “O candidato fala mal”. Mal é conjunção subordinativa temporal. Corresponde a logo que, assim que: “Mal chegou, teve de ir embora”. Mal é substantivo, seu antônimo é bem, plural males: “O mal corrói o homem”. Mau quando modifica o substantivo, é um adjetivo. O seu feminino é m á e opõe-se a bom: “Roberto teve um mau resultado no jogo”. Obs.: Para não ter dúvidas, tente passar a frase para o plural, se “mal” não for alterado, sabe-se então que é advérbio porque o advérbio é invariável.
POR QUE / POR QUÊ / PORQUE / PORQUÊ
Usamos por que em dois casos : nas frases interrogativas (que não seja no final ) e quando for substituível por pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais : “Por que parou ?” “E eles, por que pararam?”. Note que se subentende a palavra motivo: “E eles, por que ( motivo) pararam”; “As dificuldades por que passei foram muitas” (As dificuldades pelas quais passei foram muitas). Grafa-se por quê, quando essa expressão estiver próxima a um ponto final : “Parou por quê ?”; “Ninguém sabe por quê”. Porque é uma conjunção, equivalendo a pois, já que, uma vez que, como : “Parei porque vi violência”; “Sei que tudo vai dar certo porque não falta empenho”. Raras vezes, porque indica finalidade, equivalendo a para que, a fim de: “Não julgues porque não te julgem”. Grafa-se porquê, quando essa palavra estiver substantivada (antecedida de artigo): “O porquê da questão não foi esclarecido”; “Um porquê pode ser grafado de quatro maneiras”.


CONCORDÂNCIA DO VERBO SER
A concordância do verbo ser é um dos assuntos mais intrigantes da língua de Camões. Por isso, anote esta dica: quando o núcleo do sujeito é pronome pessoal ou nome referente a pessoa, o verbo ser concorda com essas palavras. Eles eram a mais intensa manifestação de cordialidade. A mais intensa manifestação de cordialidade eram eles. O responsável pelo setor de cargas somos nós. Filipe é as alegrias da casa. Os deputados são o alicerce do partido. Pode até soar estranho, mas é a forma correta.
ABENÇOAR
Este é um verbo de uso muito comum, porém poucos conhecem a transitividade dele, isto é, a relação que ele mantém com seus complementos. Por isso, muita gente anda a abençoar de maneira incorreta: “Deus lhe abençoe”. O verbo abençoar é transitivo direto, ou seja, é um daqueles que não exigem preposição, logo, repelem o pronome “lhe” como acompanhante. Para tornar a frase adequada ao padrão da norma culta, deve-se dizer: “Deus o abençoe”. É importante dizer, ainda, que a frase “Deus te abençoe” está; correta, desde que quem a pronuncie ou a escreva esteja se referindo a alguém na segunda pessoa, como em “Deus te abençoe, tu mereces”.
ABSOLVER – ABSORVER
Esta dupla de palavras pode causar bastante confusão, caso não seja bem observada. É que, apesar de a grafia ser muito parecida, os significados são muito diferentes. Absolver significa perdoar, desculpar: “O jovem foi absolvido das acusações”. Já o verbo absorver significa assimilar, fazer que se concentre em si, engolir, consumir: “Como o palestrante deu muitas informações, nem todas foram absorvidas”. Nunca é demais lembrar que quem escreve tem a obrigação de estar atento.
EMPREGO DE ALGUMAS LETRAS
Pense em um grande problema linguístico. Se você pensou em uma inadequação gráfica, acertou. Um desvio de grafia macula a imagem de qualquer redator, inclusive nas redes sociais. Pensando nisso, selecionei algumas dicas. Para não abusar da paciência e do tempo, hoje darei apenas duas. Emprega-se a letra Z: a) em palavras derivadas de outras grafadas com z: feliz – felizardo; zelo – zelador; b) em substantivos abstratos femininos terminados em -ez e -eza, derivados de adjetivos: grávida – gravidez; esperto – esperteza; c) em palavras terminadas em -izar (verbos) e -ização (substantivos), derivadas de certos substantivos: colono – colonizar – colonização.


CONCORDÂNCIA DO VERBO SER
A concordância do verbo ser é um dos assuntos mais intrigantes da língua de Camões. Por isso, anote esta dica: quando o núcleo do sujeito é pronome pessoal ou nome referente a pessoa, o verbo ser concorda com essas palavras. Eles eram a mais intensa manifestação de cordialidade. A mais intensa manifestação de cordialidade eram eles. O responsável pelo setor de cargas somos nós. Filipe é as alegrias da casa. Os deputados são o alicerce do partido. Pode até soar estranho, mas é a forma correta.
ABENÇOAR
Este é um verbo de uso muito comum, porém poucos conhecem a transitividade dele, isto é, a relação que ele mantém com seus complementos. Por isso, muita gente anda a abençoar de maneira incorreta: “Deus lhe abençoe”. O verbo abençoar é transitivo direto, ou seja, é um daqueles que não exigem preposição, logo, repelem o pronome “lhe” como acompanhante. Para tornar a frase adequada ao padrão da norma culta, deve-se dizer: “Deus o abençoe”. É importante dizer, ainda, que a frase “Deus te abençoe” está; correta, desde que quem a pronuncie ou a escreva esteja se referindo a alguém na segunda pessoa, como em “Deus te abençoe, tu mereces”.
ABSOLVER – ABSORVER
Esta dupla de palavras pode causar bastante confusão, caso não seja bem observada. É que, apesar de a grafia ser muito parecida, os significados são muito diferentes. Absolver significa perdoar, desculpar: “O jovem foi absolvido das acusações”. Já o verbo absorver significa assimilar, fazer que se concentre em si, engolir, consumir: “Como o palestrante deu muitas informações, nem todas foram absorvidas”. Nunca é demais lembrar que quem escreve tem a obrigação de estar atento.
EMPREGO DE ALGUMAS LETRAS
Pense em um grande problema linguístico. Se você pensou em uma inadequação gráfica, acertou. Um desvio de grafia macula a imagem de qualquer redator, inclusive nas redes sociais. Pensando nisso, selecionei algumas dicas. Para não abusar da paciência e do tempo, hoje darei apenas duas. Emprega-se a letra Z: a) em palavras derivadas de outras grafadas com z: feliz – felizardo; zelo – zelador; b) em substantivos abstratos femininos terminados em -ez e -eza, derivados de adjetivos: grávida – gravidez; esperto – esperteza; c) em palavras terminadas em -izar (verbos) e -ização (substantivos), derivadas de certos substantivos: colono – colonizar – colonização.


Começo de ano é sempre igual. Muitas expectativas são criadas. E se você tem esperança de conseguir um bom emprego, fique atento para não vacilar no português. A seguir, uma listinha de frases e expressões que merecem bastante atenção:
Ele não se encontra no momento – Quem fala corretamente o idioma pode acreditar que a pessoa em questão está sofrendo de um temporário surto de desajuste emocional. Dizer simplesmente que “ele não está” pode evitar esses mal entendidos.
Enquanto mulher me sinto discriminada – O fator de discriminação deve ser o mau emprego da conjunção “enquanto”, que só tem conotação temporal. Melhor dizer: Na condição de mulher.
Vamos se encontrar– Impossível. A primeira pessoa do plural (nós vamos) nunca se encontra com a terceira do singular (se). Há que se dizer: Vamos nos encontrar.
Houveram muitos presentes – Quem está ausente é a concordância. Quando significa existir, o verbo haver é impessoal e não declina. Diz-se: “Houve muitos presentes”.
Segue anexo as faturas – Dupla falta. “Seguem anexas as faturas” é como deve ser.
Há quinze dias atrás – Ou um ou outro. “Quinze dias atrás” ou “há quinze dias”.
Repetir de ano – Aluno displicente repete o ano; o que é estudioso passa o ano.
Duzentas gramas de presunto – Se é para engolir, esteja certo: os duzentos gramas são bem mais digestíveis que as duzentas gramas. O grama (medida de peso); a grama (capim).
Ser de menor, ser de maior – Ninguém é de menor nem de maior. O importante é falar como gente grande: sou menor. Ou, então, como gente que entende: sou maior. Sou menor de idade; Sou maior de idade.
Fazem dez anos que casei – As pessoas felizes dizem e escrevem melhor: Faz dez anos que casei. O verbo fazer, em orações indicativas de tempo, não varia: faz vinte anos; fazia cem anos.
Será que ela já se acordou?– Se ela está dormindo, como é que pode acordar-se? Qualquer ser que durma apenas acorda. Será que ela já acordou?
Ela não quis vim – Ela não quis vir. Vim é forma do passado (eu vim aqui ontem); numa locução verbal, o último verbo deve vir no gerúndio ou no infinitivo.
Falta dois minutos para as seis – O verbo faltar sempre tem sujeito (no caso, dois minutos). Portanto: Quantos minutos faltam para as nove horas. Estão faltando poucos minutos para as oito horas.


Começo de ano é sempre igual. Muitas expectativas são criadas. E se você tem esperança de conseguir um bom emprego, fique atento para não vacilar no português. A seguir, uma listinha de frases e expressões que merecem bastante atenção:
Ele não se encontra no momento – Quem fala corretamente o idioma pode acreditar que a pessoa em questão está sofrendo de um temporário surto de desajuste emocional. Dizer simplesmente que “ele não está” pode evitar esses mal entendidos.
Enquanto mulher me sinto discriminada – O fator de discriminação deve ser o mau emprego da conjunção “enquanto”, que só tem conotação temporal. Melhor dizer: Na condição de mulher.
Vamos se encontrar– Impossível. A primeira pessoa do plural (nós vamos) nunca se encontra com a terceira do singular (se). Há que se dizer: Vamos nos encontrar.
Houveram muitos presentes – Quem está ausente é a concordância. Quando significa existir, o verbo haver é impessoal e não declina. Diz-se: “Houve muitos presentes”.
Segue anexo as faturas – Dupla falta. “Seguem anexas as faturas” é como deve ser.
Há quinze dias atrás – Ou um ou outro. “Quinze dias atrás” ou “há quinze dias”.
Repetir de ano – Aluno displicente repete o ano; o que é estudioso passa o ano.
Duzentas gramas de presunto – Se é para engolir, esteja certo: os duzentos gramas são bem mais digestíveis que as duzentas gramas. O grama (medida de peso); a grama (capim).
Ser de menor, ser de maior – Ninguém é de menor nem de maior. O importante é falar como gente grande: sou menor. Ou, então, como gente que entende: sou maior. Sou menor de idade; Sou maior de idade.
Fazem dez anos que casei – As pessoas felizes dizem e escrevem melhor: Faz dez anos que casei. O verbo fazer, em orações indicativas de tempo, não varia: faz vinte anos; fazia cem anos.
Será que ela já se acordou?– Se ela está dormindo, como é que pode acordar-se? Qualquer ser que durma apenas acorda. Será que ela já acordou?
Ela não quis vim – Ela não quis vir. Vim é forma do passado (eu vim aqui ontem); numa locução verbal, o último verbo deve vir no gerúndio ou no infinitivo.
Falta dois minutos para as seis – O verbo faltar sempre tem sujeito (no caso, dois minutos). Portanto: Quantos minutos faltam para as nove horas. Estão faltando poucos minutos para as oito horas.