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Apreensão
Saiba como os muçulmanos do RN observam o conflito entre Irã e EUA
No Brasil, 35.167 pessoas praticam o Islã
Redação
08/01/2020 | 00:12

O mundo acompanha com apreensão as novas decisões do presidente Donald Trump e as reações do Irã após a morte do general iraniano Qassem Soleimani. Mas há exceções, como o vice-diretor interino da Associação Beneficente Muçulmana do Rio Grande do Norte, Marcos Antônio, que afirma não se envolver com o conflito entre os Estados Unidos e o Irã.

“No Irã há uma política em que o próprio povo se protege. Se alguém entra no país, se alguém é inimigo e destrói o que eles têm, o povo vai querer se vingar”, contextualizou Marcos, diante da tensão entre as duas nações.

Nesta terça-feira, 7, o Irã atacou duas bases com americanos no Iraque como retaliação à morte do general Soleimani. Até a publicação desta matéria não havia confirmação de vítimas.

Marcos Antônio alega que o desentendimento é “político e não envolve a religião. Por isso, não nos posicionamos”. Para ele, a nota divulgada na sexta-feira, 3, pelo Itamaraty, a qual foi considerada por muitos como um possível apoio do Brasil aos Estados Unidos, é uma decisão que cabe ao presidente do país.

Sobre a filha de Qassem Soleimani ter pedido vingança pela morte de seu pai durante visita do presidente do Irã, neste sábado, 4, Marcos relacionou que “ela perdeu o pai, perdeu o marido. Qualquer pessoa em uma situação dessa fica transtornada. Aqui no Brasil se um pai perde um filho por um crime, o que ele pede? E eu nem citei religião”.

Após a morte do general, foi erguida uma bandeira vermelha, chamada popularmente de “Bandeira Vingativa”, que na tradição xiita simboliza o sangue derramado injustamente e serve para vingar a morte.

“Os muçulmanos no Rio Grande do Norte não terão que se envolver com essa especulada vingança, pois é uma decisão do país iraniano. É da cultura de lá essa proteção pelos seus. A religião, em si, não tem nenhum envolvimento”, destacou Marcos.

Marcos Antônio diz que a cultura iraniana tem forte relação com a religião, pautada pelo afeto ao seu povo. No entanto, ele alega que no país do Oriente Médio a maioria dos muçulmanos são xiitas, enquanto aqui na associação que ele faz parte os membros são sunitas, gerando pequena diferença entre os membros da religião.

No Brasil, 35.167 pessoas praticam o Islã – religião dos muçulmanos – segundo dados do censo demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A Associação Beneficente Muçulmana do Rio Grande do Norte conta com cerca de 70 membros.

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