03/04/2020 | 10:19
Em meio à pandemia do novo coronavírus, o número de sepultamentos nos cemitérios de Natal permanece estável. A informação é da Secretaria de Serviços Urbanos da capital (Semsur), que informou não haver registro de aumento recente em nenhum dos oito cemitérios públicos da cidade, independente da causa da morte.
A Semsur explicou também que, em caso de sepultamento decorrente de suspeita ou de morte por infecção do novo coronavírus, a determinação é que as urnas sejam lacradas. Até o momento, o Rio Grande do Norte registra quatro mortes por Covid-19. Destas, uma aconteceu em Natal – Matheus Aciole, de 23 anos é a vítima mais jovem da doença no Brasil.
As outras duas ocorreram em Mossoró, no Oeste potiguar. O professor universitário Luiz di Souza, de 61 anos, foi a primeira morte registrada no estado em decorrência da infecção, no dia 28 de março. Já o técnico de enfermagem Luiz Alves, de 48 anos, teve a morte confirmada por Covid-19 na noite desta quinta-feira (2).
Medidas
Em Natal, a Semsur adotou algumas medidas para os cemitérios após decreto publicado no Diário Oficial do Município (DOM) no último dia 24, como forma de enfrentamento à pandemia do coronavírus. A alteração limita o número de parentes a 10 pessoas por sepultamentos e determina o fechamento de capelas em cemitérios. As cerimônias, nesses casos, devem ser rápidas.
O horário do expediente interno em todos os cemitérios da cidade foi alterado (ocorre das 7h às 11h e das 13h às 17h, de domingo a domingo). Serviços administrativos, como retirada de documentos, atualizações cadastrais, transferência de titularidade, reformas ou construções nos jazigos ou covas, estão suspensos.
Outra medida diz respeito a pessoas de baixa renda que precisarem sepultar um parente em um dos oito cemitérios da cidade. Nesse caso, o decreto prevê isenção da taxa – de R$ 237 – cobrada para enterro ou exumação.
Cemitério Morada da Paz
Nas três unidades do cemitério Morada da Paz, no Rio Grande do Norte, o número de sepultamentos aumentou 9,04% em março deste ano, se comparado ao mesmo período de 2019.
Mas o Grupo Vila, ao qual pertence o Morada da Paz, disse não dispor de dados específicos sobre as causas de mortes que levaram ao aumento no número de sepultamentos nas unidades do cemitério no estado.