02/04/2020 | 14:02
A pandemia do novo coronavírus mudou a realidade dos brasileiros em um curto espaço de tempo. Com a recomendação de isolamento social, alguns conseguem trabalhar de casa, outros fazem parte de serviços essenciais e não podem parar ou diminuir o ritmo. O cenário fica ainda mais complicado quando se trata de microempreendedores, como é o caso da natalense Marília Macedo.
A jovem de 21 anos produz e vende doces desde 2016, tendo a Páscoa como o período de maior número de vendas. Marília tem uma filha de 2 anos, é formada em design de interiores, mas não exerce a profissão. Ao lado da sócia, Juliane Lavine, tem a loja intitulada Morena Cacau como única fonte de renda.
No ano passado, Marília vendeu mais de 100 ovos artesanais de chocolate. No entanto, as encomendas até o momento caíram drasticamente. “Já sentimos uma redução de aproximadamente 75% dos pedidos, comparando ao mesmo período de 2019”, relatou.
Como possível solução para o caso, as sócias planejam oferecer o serviço de delivery para tentar contornar o impacto causado pelo coronavírus. “Não podemos parar depois de tanto investimento”, contou a jovem. Sobre o atual momento, a microempreendedora ainda consegue enxergar uma luz no fim do túnel.
“Meu recado é: não desistam! É uma fase que todos vamos ter que passar. Não tenham medo ou vergonha de vender. Sei que algumas pessoas julgam, podem achar que estamos nos aproveitando de um momento inadequado para subir na vida. Mas, na realidade, estamos tentando sobreviver”, afirmou Marília.
As sócias ainda tentam aproveitar o momento de crise para fortalecer a presença nas redes sociais. Elas começaram a ensinar receitas de bolos, brownies e outros doces para os mais de 6 mil seguidores. “Usamos os stories para mostrar as receitas e gerar conteúdo para quem está em quarentena”, disse a jovem.
