A derrota do Flamengo nos pênaltis para o Paris Saint-Germain, que custou o título da Copa Intercontinental, provocou críticas duras de um de seus maiores ídolos. Dejan Petkovic classificou como “incompetente” o desempenho do time nas cobranças que definiram a decisão, após o empate no tempo normal e na prorrogação diante do campeão francês.
“O time errou quatro cobranças. Errar um ou dois e perder é normal, mas errar quatro não tem como explicar”, afirmou o ex-meia, ao comentar o desfecho da partida. Para Petkovic, o Flamengo fez “de tudo para levar o jogo aos pênaltis”, mas falhou de maneira decisiva no momento final. “Fomos incompetentes demais nas cobranças”, resumiu.

O PSG saiu na frente ainda no primeiro tempo, com gol do georgiano Kvaratskhelia, mas o Flamengo reagiu após o intervalo. A equipe carioca mostrou competitividade, equilibrou o confronto e empatou com Jorginho, em cobrança de pênalti, levando a decisão para a prorrogação. Sem alteração no placar, o título foi decidido nas penalidades.
Com a bola rolando, o time comandado por Filipe Luís conseguiu sustentar o duelo contra o adversário europeu. Nos pênaltis, porém, o rendimento caiu drasticamente. Saúl, Léo Pereira, Pedro e Luiz Araújo desperdiçaram suas cobranças; apenas De La Cruz conseguiu marcar para o Flamengo. Do lado francês, Dembélé isolou a finalização e Barcola parou no goleiro Rossi, mas Vitinha e Nuno Mendes converteram, garantindo o troféu ao PSG.
Após a repercussão inicial das críticas, Petkovic adotou um tom mais ponderado e destacou a temporada rubro-negra. “Ingerindo o sabor amargo da derrota e pensando com a cabeça fria, é preciso ressaltar que o ano foi rubro-negro. Mesmo triste e com lágrimas nos olhos, acho que a rapaziada merece nossos parabéns pela dedicação e honra com que vestiu o manto sagrado”, publicou.
Petkovic é uma das figuras mais emblemáticas da história recente do Flamengo. Pelo clube, conquistou títulos de peso, como o Campeonato Brasileiro de 2009, a Copa Mercosul de 1999, a Copa dos Campeões de 2001 e quatro edições do Campeonato Carioca (2000, 2001, 2008 e 2009). Ídolo eterno, o sérvio mantém voz ativa entre torcedores e segue como referência ao avaliar os rumos do time que marcou sua carreira no futebol brasileiro.