09/06/2020 | 01:27
Diante da queda brutal de arrecadação provocada pela pandemia, os prefeitos e a governadora Fátima Bezerra precisarão refazer os planos que tinham para este ano. Depois da Covid-19, não haverá dinheiro para metade dos projetos, principalmente se considerarmos que, na saúde, a despesa só aumentou. Quando a crise sanitária aliviar, teremos um “novo normal” nas finanças públicas, o que vai exigir jogo de cintura de quem está com a caneta na mão. Têm sido tímidas até agora as iniciativas adotadas para enxugar a máquina pública. Gestores públicos municipais e estaduais precisam demonstrar para a sociedade que vão se adaptar ao novo momento sem ampliar drasticamente o endividamento do Estado e das prefeituras. Atitudes para cortar gastos – onde for possível, claro – são bem-vindas neste momento.
Expectativa
Os prefeitos e a governadora Fátima Bezerra estão ansiosos pelo recebimento da primeira parcela do socorro financeiro federal. Uma parcela do dinheiro deve entrar ainda esta semana. São R$ 946 milhões para o Rio Grande do Norte, sem os quais municípios e Estado terão extrema dificuldade para pagar os salários dos servidores daqui para frente.
Pesou no bolso
Uma análise das situações financeiras do Estado e da Prefeitura do Natal explica por que o prefeito Álvaro Dias decidiu subir o tom contra a governadora Fátima Bezerra e, nos bastidores, trabalhar por uma possível retomada da economia. Os dois sentiram no bolso o impacto da pandemia, mas Álvaro sentiu mais. Enquanto o Estado acumula perdas da ordem de 15%, entre abril e maio, a Prefeitura do Natal viu sua receita ser corroída em quase 50%.
Agora?
Depois de fazer transmissões pela internet recomendando aos seus seguidores-pacientes que tomem o antiparasitário ivermectina como prevenção ao coronavírus, dando dicas até de onde encontrar o remédio e informando as doses, o deputado-médico Albert Dickson foi às redes sociais para ressaltar que é contra a “automedicação”. Em post no Instagram, ele sugeriu aos que o seguem que procurem um médico antes de comprar qualquer medicamento.
Militância decidida
Uma fonte da coluna que acompanha os debates internos do PT sobre a sucessão municipal em Natal diz que é uma falácia a afirmação de que a militância do partido está dividida entre o infectologista Alexandre Motta e o senador Jean Paul Prates. “98% querem apenas um dos dois como candidato. Quase não há divisão”, diz a fonte, fazendo mistério.
Parnamirim I
Cresce a pré-candidatura da atual vice-prefeita, Elienai Cartaxo, à Prefeitura de Parnamirim. Rompida com o prefeito Rosano Taveira, Elienai tem cooptado aliados para o seu projeto, atraindo inclusive aqueles que desembarcaram da atual gestão. Na semana passada, dois vereadores deixaram Taveira para apoiar a vice: Pastor Alex (Solidariedade) e Rogério Santiago (PL). Antes deles, já tinham declarado apoio os vereadores Paulão Júnior (PL) e Thiago Cartaxo (PL).
Parnamirim II
Aliado do prefeito, o presidente da Câmara Municipal, vereador Irani Guedes (Republicanos), tenta frear o processo de corrosão na base. Aos colegas parlamentares que ainda continuam no projeto, tem dito que o vice de Taveira sairá da Casa Legislativa. A favorita, no momento, é Kátia Pires (DEM).
Parnamirim III
Assim como em 2016, quando três dos quatro candidatos a prefeito eram vereadores ou ex-vereadores, em 2020 a Câmara deverá ter protagonismo nas eleições majoritárias de Parnamirim. Além do suposto acordo para o vice de Taveira sair da Casa, uma vereadora deve ser candidata a prefeita: Professora Nilda (PSL) – que tem aparecido bem nas pesquisas.