Respeitamos Lewandowski, mas não dá para concordar que o Caso Marielle está encerrado. Pensamos como meio mundo, que após a Caixa de Pandora aberta com as prisões de domingo, tem-se mais a esclarecer que os fatos já esclarecidos.
Ninguém tem dúvidas de que os Brazão e o delegado, Lessa e Élcio Queiroz são responsáveis materiais e intelectuais pelos assassinatos. Entretanto, ninguém, em sã consciência, acredita que só eles são responsáveis por estes crimes hediondos.

O Rio está infectado em grau de metástase, pelo crime organizado. E como em todas as cidades dominadas por máfias, famílias inteiras comandam facções do crime. Além dos Brazão tem-se a famílias Picciani, Calazans e Bolsonaro que se relacionam com ela. Tudo gente da política, como denunciado em Tropa de Elite.
Suspeitas alimentadas durante seis anos sobre a participação da família Bolsonaro, geradas pela engrenagem do embaralhamento das investigações, só crescem.
As prisões dos Brazão e do delegado deixam margens de dúvidas que precisam continuar vivas e pulsando. Ao final, se nada restar provado, caberá a honestidade de um pedido de desculpas. Mas hoje não se pode calar sobre tantas evidências.
O assassino morava no mesmo condomínio dos Bolsonaro. Falava-se que o filho “04” namorava a filha do assassino, o delegado que foi nomeado diretor geral da Polícia Federal no RJ um dia antes do assassinato de Marielle, planejador do crime por 400 mil reais e “atrapalhador geral” das investigações, foi nomeado pelo general interventor da Segurança Pública do Rio de Janeiro, que foi alertado pela inteligência da Secretaria de Segurança que Barbosa era integrante das forças milicianas de Muzema/Rio das Pedras, não por acaso a região dominada por Fabrício Queiroz, assessor íntimo de Bolsonaro e pelo miliciano Capitão Adriano da Nóbrega, homenageado por Flávio Bolsonaro, que era marido e filho de duas assessoras dele. O general foi ministro e vice de Bolsonaro.
Quanto aos comandados de Jair Bolsonaro, podemos lembrar que o General Heleno mandou a ABIN investigar a promotora que investigava o Caso Marielle… Pergunta-se: E a ABIN paralela de Carluxo?
Bolsonaro trocou chefias da PF no Rio.
As prisões de domingo passado foram antecipadas para evitar que Domingos Brazão fugisse do País. Quem autorizou entregar passaporte diplomático a Brazão e familiares? Kássio Nunes, ministro do STF indicado por Bolsonaro.
Por que o Carlos Bolsonaro invadiu a portaria do Vivendas da Barra para pegar a gravação da voz do porteiro dizendo que o assassino queria ir na casa nº 58, do seu Jair e, também: Por que Moro, Ministro da Justiça de Bolsonaro foi ao RJ, coagir o porteiro?
Witzel afirma que caiu após dizer a Bolsonaro que não pararia as investigações do caso Marielle, mesmo que isso chegasse aos filhos dele.
A conferir!