A expressão “o ano só começa depois do carnaval” é muito popular no Brasil, referindo-se a pessoas que adiam seus compromissos e planos para depois da folia momesca. No Rio Grande do Norte, a campanha para governador e senador está nas ruas. Já na quarta-feira de cinzas, o instituto nacional Paraná Pesquisas soltou seus números colhidos antes do Carnaval. A Coluna Maquiavel no portal da Veja, disparou: “Rio Grande do Norte tem empate triplo para o governo do Estado em 2026”, dando destaque ao cenário com senador Styvenson Valentim (22,5%), o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (22,2%) e a deputada federal Natália Bonavides (17,5%). A situação configura empate técnico dentro da margem de erro de 2,9 pontos percentuais.
Já a Consult, instituto local, divulgou ontem números colhidos entre os dias 22 e 25 de fevereiro (antes do Carnaval), com 1700 entrevistados em 55 cidades do Rio Grande do Norte. A margem de erro é de 2,3% e o índice de confiabilidade é de 95%. No quesito estimulado para governador, sem o nome de Styvenson, Álvaro Dias aparece empatado tecnicamente com Allyson Bezerra: 21,76% contra 20,82%. Aliás, outro empate triplo, pois Natália Bonavides surge nesse cenário com 19,59%. A pré-campanha para 2026 já começou.

CONTRASTE
Um mesmo cenário chamou a atenção comparando as duas pesquisas feitas antes do Carnaval no Rio Grande do Norte. A Consult apontou Rogério Marinho liderando para governador com 27,59%. Já Natália empatou com 19,82% com Allyson, que teve 18%. No mesmo cenário estimulado, Paraná Pesquisas mostrou Allyson com 33,3%, Rogério com 27% e Natália com 22,6%.
LÍDER
Comparando as duas pesquisas divulgadas essa semana, Styvenson Valentim (PSDB) mostra-se forte popularmente. Na Paraná Pesquisa foi o mais lembrado para governador (espontânea e estimulada) e senador (Em todas as consultas). Na Consult, Styvenson não foi testado para governador, ou pelo menos, não divulgaram o cenário. Para o Senado, o capitão venceu qualquer concorrente.
CONSENSO
Avaliando as duas pesquisas divulgadas essa semana, o Governo Fátima Bezerra precisa mesmo tentar uma recuperação ou melhoramento popular. Paraná Pesquisa diz que 68,1% desaprova, enquanto 28,9% aprova. Já a Consult diz que 64,5% desaprova e 18,5% aprova. 17% não souberam dizer.
ESQUERDA
Natália Bonavides já planeja pedir para retirar seu nome das pesquisas para Governo e Senado. É que a pressão na esquerda anda grande para ela assumir a disputa de um cargo ou outro. Caso topasse ser senadora, Fátima assumiria como candidata a deputada federal do PT. A governadora teria que renunciar em abril do próximo ano, do mesmo jeito. Natália enxerga uma pequena possibilidade no Senado, pois sabe que sendo mulher e tendo o apoio do presidente Lula, tem chances no RN.
PERCENTUAIS
Em eleição para o Senado, com duas vagas, a última disputa, os percentuais chegaram a menos de um terço para a vitória. Em 2018, Styvenson venceu com 25,63% e Zenaide chegou a 22,69%. Geraldo Melo foi o terceiro com 13,14% e Garibaldi Filho, que iniciou liderando todas as pesquisas, terminou em quarto com 12,93%, mesmo tendo o apoio da maioria dos prefeitos.
BOLSONARISTA
Tanto em uma pesquisa, como em outra, Rogério Marinho (PL), líder do bolsonarismo no RN, não mostrou consolidação para uma candidatura a governador. Na Consult, quando tirou Álvaro Dias, seu nome foi melhor lembrado estimulando. Mas, Paraná Pesquisa, instituto de “credibilidade” dos bolsonaristas, mostrou Allyson. Consult não divulgou espontânea para governador. Na Paraná, Rogério chegou a 1,8%.
RESPOSTA
Um analista político ouvido pela Coluna Opinião, revelou que a Consult foi uma resposta a Paraná Pesquisa contratada pelo União Brasil Nacional. Rogério quis mostrar a Allyson que ele não pode ir sozinho contra seu exército político. Em 2014, o exército de Henrique Alves não superou a vontade popular que elegeu Robinson Faria. Mesma coisa em 2018, com Fátima contra Carlos Eduardo. Em 2002, Wilma de Faria superou a polarização de Alves e Maia e derrotou as maiores estruturas políticas, que se reversaram no poder.