O senador licenciado Rogério Marinho parece que quer adotar o radicalismo político como forma de tentar repetir a polarização nas eleições de 2024 e 2026. Presidente do PL no Estado, ele proibiu composições do PL com PT, PCdoB, PV, Psol, Rede e outros partidos de esquerda ou que estejam aliados a esses partidos.
Esse radicalismo político será que vai funcionar no Nordeste e no Rio Grande do Norte? Em São Paulo, berço político do governador Tarcísio de Freitas, o Republicanos conseguiu reunir o PL e o PT numa mesma aliança. O fato acontece no município de Francisco Morato, na Grande São Paulo.

Aliado a Tarcísio, Ildo Gusmão (Republicanos), que é pastor evangélico, eleitor de Jair Bolsonaro e atual vice-prefeito, deverá ter como vice o presidente do PT local, Chicão Bernabé, num arranjo aprovado pelos petistas no município e avalizado em maio pela cúpula nacional do partido. O PL integra a aliança como apoiador.
Além de articulações entre PT e PL em São Paulo, há conversas entre os dois partidos em estados como Ceará, Maranhão e Bahia. No Rio de Janeiro há sondagens em andamento entre PL e PT em municípios da Baixada Fluminense e da Região Metropolitana.
CLIMA RUIM
“Para nós foi uma surpresa muito grande o presidente do partido (José Agripino) conduzir o partido no sentido contrário do sentimento do seu partido. Agora, os motivos que o levaram a tomar essa decisão, ele certamente vai ter oportunidade de dar uma satisfação à população quando for questionado. Me pareceu que faltou reciprocidade nessa relação”, comentou Rogério Marinho sobre a decisão isolada de Agripino em colocar o União Brasil para indicar o vice do Solidariedade em Parnamirim, contra o nome do PL.
URNA
O voto amanhã para a escolha do novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) será secreto. Nem mesmo as galerias poderão ter plateia, como diz o Regimento Interno da Assembleia Legislativa. Há deputados com os quais Gustavo Carvalho (PSDB) conta que não irão marcar seu nome na cédula. Talvez vai acontecer com um com o qual George Soares (PV) conta. A disputa anda equilibrada, e a Coluna Opinião ouviu cinco parlamentares nas últimas horas. Hoje, o conselheiro seria George, com margem mínima.
RESPOSTA
O presidente do MDB em Natal, Júlio Protásio, não gostou da alfinetada que a jornalista Laurita Arruda, mulher do ex-ministro Henrique Alves, deu em relação ao apoio dos bacuraus. “Agora você? Vai votar para prefeito no candidato de Álvaro Dias, já que você e Henrique indicaram cargos e secretário na prefeitura? Ou vai trair Álvaro depois de mamar no governo 7 anos? Vá cuidar de sua vida, mulher (sic)”, escreveu o ex-vereador em postagem no X.
POSIÇÃO
Henrique articula apoios ao ex-prefeito Carlos Eduardo (PSD). As conversas de Rafael Motta e o Avante estão sendo conduzidas por Henrique, que indicou espaços na Prefeitura do Natal na gestão Álvaro Dias. O problema é que Henrique não confia em Paulinho Freire (União Brasil).
DÍVIDAS
Na semana passada, coube ao secretário potiguar Cadu Xavier (Fazenda) abrir uma discussão importante na reunião dos governadores do Nordeste com o presidente Lula, em Fortaleza (CE). O tema que mais tomou tempo no encontro foi a renegociação das dívidas dos estados com a União. Cadu falou sobre a necessidade dos estados menos endividados, que é o caso dos nordestinos, de também conseguir aumentar a capacidade de investimento. Essa é a tese que os estados mais endividados do País, como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas, são estão defendendo junto ao governo federal.
SEGURANÇA
Outra pauta que os governadores discutiram bastante foi a segurança pública. O Nordeste tem enfrentado uma séria crise na área, com a violência crescendo em quase todos os estados. O Rio Grande do Norte é o único que tem conseguido bons resultados na redução da criminalidade. Entre 2017 e 2022 o RN foi o segundo do País em redução de homicídios. Em 2023 foi o campeão de redução homicídios no País, com -15%.
APOSENTADOS
O estoque de aposentadorias por idade concedidas pelo INSS é maior do que a população idosa em 96 municípios do Brasil, mostra levantamento feito pelo pesquisador Rogério Nagamine, ex-secretário do RGPS (Regime Geral de Previdência Social). Entre os 20 municípios com maior discrepância, estão três do Rio Grande do Norte: Pau dos Ferros, João Câmara e Santo Antônio.