A deputada federal Carla Dickson negou nesta quarta-feira 7 que já tenha decidido sair do União Brasil. Em contato com a reportagem do AGORA RN, a parlamentar admitiu que, permanecendo no partido, sua reeleição pode ser ameaçada, mas que ainda está “conversando” com a direção da legenda para encontrar uma forma de viabilizar sua candidatura em 2026.
Na semana passada, União Brasil e PP formaram uma federação. Isso significa que as legendas vão atuar como um partido só em 2026. Com isso, a situação política de Carla Dickson ficou delicada, pois outros possíveis candidatos pelos partidos são considerados mais competitivos, como Benes Leocádio (União), João Maia (PP) e Eriko Jácome (PP). Além disso, há possibilidade de Robinson Faria, hoje no PL, ingressar também no PP.

Apesar disso, Carla nega que já tenha tomado uma decisão sobre seu futuro partidário. “Em nenhum momento eu falei que deixaria o partido. O que é certo é que minha situação está mais complexa, mas, junto ao partido e à federação, estamos estudando formas de me viabilizar”, enfatizou.
A deputada elogiou os colegas de partido e federação e registrou que, naturalmente, sua reeleição pode ficar ameaçada. “Os colegas de mandato são políticos mais conhecidos, com potencial de voto enorme. Só ver as votações passadas. Temos também a presença de Eriko Jácome. Isso é muito complicado”, destacou.
Ela, no entanto, ponderou que não há decisão fechada: “Estamos conversando para criar um ambiente para que seja viável a minha reeleição”.
CONDENAÇÃO
A Justiça do Rio Grande do Norte condenou o ex-vereador de Natal Adenúbio de Melo Gonzaga a 18 anos de reclusão em regime fechado por desvio de recursos do gabinete na Câmara Municipal. A decisão da 7ª Vara Criminal da capital potiguar atendeu pedido do Ministério Público e também condenou outros cinco envolvidos, entre eles ex-assessores e a contadora do vereador, um advogado e um empresário.
RECUPERADO
Um dia depois de receber alta, o prefeito de Assú, Lula Soares (Repuclicanos), fez sua primeira manifestação pública nesta terça-feira 6, por meio das redes sociais. Desde o dia 27 de abril, o chefe do executivo estava internado na UTI, em tratamento contra a dengue.
FIM DA REELEIÇÃO
A CCJ do Senado adiou nesta quarta-feira 7 a votação da PEC que extingue a reeleição para os cargos de presidente da República, prefeito e governador. O tema deve ser retomado na próxima semana. O relator do texto, senador Marcelo Castro (MDB-PI), apresentou novo parecer encurtando a regra de transição para que o fim da reeleição passe a valer em 2030, e não em 2034, como previa o texto anterior. A mudança ocorreu após senadores criticarem, na última sessão da CCJ, que a transição estava muito longa.
PARIDADE DE ARMAS
“O advento da reeleição tem trazido muitas distorções na prática política. Na eleição passada, 83% dos prefeitos que disputaram a reeleição no Brasil conseguiram se reeleger. Isso é um dado muito claro de que não há uma paridade de armas quando se vai disputar uma eleição com o prefeito, ou governador, ou presidente da República no poder”, argumenta o senador Marcelo Castro.
TRANSIÇÃO
Segundo o parecer do relator, a reeleição valeria ainda em 2026. Em 2028, os prefeitos teriam um mandato estendido de seis anos, sem direito a reeleição, para que, em 2034, todas as eleições coincidam em um único pleito. Já governadores e presidente poderiam se reeleger em 2026. Com isso, em 2030 seriam as primeiras eleições sem possibilidade de reeleição para governadores e presidente da República.
JUROS
Em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira 7, a senadora Zenaide Maia (PSD-RN) pediu urgência para a votação da proposta de emenda à Constituição de sua autoria que restringe os juros cobrados no cartão de crédito e no cheque especial (PEC 79/2019). De acordo com a PEC, o limite cobrado não deve ultrapassar o valor correspondente a três vezes a taxa Selic. A parlamentar afirmou que a proposta, assinada por outros 31 senadores, está pronta para análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e precisa ser pautada.
TCU E INSS
O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas fixou o prazo de 15 dias para o Ministério da Previdência Social e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informarem as medidas administrativas adotadas para apurar as responsabilidades de agentes públicos responsáveis por fraudes em descontos de mensalidades para aposentados e pensionistas.