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Opinião

Carla Dickson admite que sua reeleição corre riscos, mas nega que já tenha decidido sair do União Brasil

Confira a coluna de Opinião nesta quinta-feira 8
Redação
08/05/2025 | 05:22

A deputada federal Carla Dickson negou nesta quarta-feira 7 que já tenha decidido sair do União Brasil. Em contato com a reportagem do AGORA RN, a parlamentar admitiu que, permanecendo no partido, sua reeleição pode ser ameaçada, mas que ainda está “conversando” com a direção da legenda para encontrar uma forma de viabilizar sua candidatura em 2026.

Na semana passada, União Brasil e PP formaram uma federação. Isso significa que as legendas vão atuar como um partido só em 2026. Com isso, a situação política de Carla Dickson ficou delicada, pois outros possíveis candidatos pelos partidos são considerados mais competitivos, como Benes Leocádio (União), João Maia (PP) e Eriko Jácome (PP). Além disso, há possibilidade de Robinson Faria, hoje no PL, ingressar também no PP.

Carla Dickson (34)
Deputada federal Carla Dickson - Foto: Reprodução

Apesar disso, Carla nega que já tenha tomado uma decisão sobre seu futuro partidário. “Em nenhum momento eu falei que deixaria o partido. O que é certo é que minha situação está mais complexa, mas, junto ao partido e à federação, estamos estudando formas de me viabilizar”, enfatizou.

A deputada elogiou os colegas de partido e federação e registrou que, naturalmente, sua reeleição pode ficar ameaçada. “Os colegas de mandato são políticos mais conhecidos, com potencial de voto enorme. Só ver as votações passadas. Temos também a presença de Eriko Jácome. Isso é muito complicado”, destacou.

Ela, no entanto, ponderou que não há decisão fechada: “Estamos conversando para criar um ambiente para que seja viável a minha reeleição”.

CONDENAÇÃO

A Justiça do Rio Grande do Norte condenou o ex-vereador de Natal Adenúbio de Melo Gonzaga a 18 anos de reclusão em regime fechado por desvio de recursos do gabinete na Câmara Municipal. A decisão da 7ª Vara Criminal da capital potiguar atendeu pedido do Ministério Público e também condenou outros cinco envolvidos, entre eles ex-assessores e a contadora do vereador, um advogado e um empresário.

RECUPERADO

Um dia depois de receber alta, o prefeito de Assú, Lula Soares (Repuclicanos), fez sua primeira manifestação pública nesta terça-feira 6, por meio das redes sociais. Desde o dia 27 de abril, o chefe do executivo estava internado na UTI, em tratamento contra a dengue.

FIM DA REELEIÇÃO

A CCJ do Senado adiou nesta quarta-feira 7 a votação da PEC que extingue a reeleição para os cargos de presidente da República, prefeito e governador. O tema deve ser retomado na próxima semana. O relator do texto, senador Marcelo Castro (MDB-PI), apresentou novo parecer encurtando a regra de transição para que o fim da reeleição passe a valer em 2030, e não em 2034, como previa o texto anterior. A mudança ocorreu após senadores criticarem, na última sessão da CCJ, que a transição estava muito longa.

PARIDADE DE ARMAS

“O advento da reeleição tem trazido muitas distorções na prática política. Na eleição passada, 83% dos prefeitos que disputaram a reeleição no Brasil conseguiram se reeleger. Isso é um dado muito claro de que não há uma paridade de armas quando se vai disputar uma eleição com o prefeito, ou governador, ou presidente da República no poder”, argumenta o senador Marcelo Castro.

TRANSIÇÃO

Segundo o parecer do relator, a reeleição valeria ainda em 2026. Em 2028, os prefeitos teriam um mandato estendido de seis anos, sem direito a reeleição, para que, em 2034, todas as eleições coincidam em um único pleito. Já governadores e presidente poderiam se reeleger em 2026. Com isso, em 2030 seriam as primeiras eleições sem possibilidade de reeleição para governadores e presidente da República.

JUROS

Em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira 7, a senadora Zenaide Maia (PSD-RN) pediu urgência para a votação da proposta de emenda à Constituição de sua autoria que restringe os juros cobrados no cartão de crédito e no cheque especial (PEC 79/2019). De acordo com a PEC, o limite cobrado não deve ultrapassar o valor correspondente a três vezes a taxa Selic. A parlamentar afirmou que a proposta, assinada por outros 31 senadores, está pronta para análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e precisa ser pautada.

TCU E INSS

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas fixou o prazo de 15 dias para o Ministério da Previdência Social e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informarem as medidas administrativas adotadas para apurar as responsabilidades de agentes públicos responsáveis por fraudes em descontos de mensalidades para aposentados e pensionistas.