A Coluna Opinião teve acesso aos bastidores do encontro da cúpula do União Brasil no RN, que se reuniu ontem para almoço no restaurante da Associação Norte-Rio-Grandense de Criadores (Anorc), dentro do Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim. Além do pré-candidato a governador Allyson Bezerra, estavam presentes o presidente regional da sigla, José Agripino Maia, os deputados federais Benes Leocádio e Carla Dickson e, sem muito ambiente, o prefeito de Natal, Paulinho Freire, que admite seu compromisso com a chapa Rogério Marinho (Governo), Styvenson e Álvaro Dias (Senadores).
Entusiasta do nome de Allyson para governador, José Agripino foi o primeiro a postar fotos. “Qualidade de gestão, a saída para o Rio Grande do Norte”, escreveu em seus stories.

O encontro reservado (já que o restaurante só abriu ontem para isso) teve ainda os prefeitos Professora Nilda (Parnamirim), Dr. Tadeu (Caicó) e Mariana Almeida (Pau dos Ferros). Demonstração de sintonia com o projeto de Allyson. A vice-prefeita Kátia Pires (Parnamirim), o ex-prefeito Ivan Júnior (Assú) e os ex-deputados Kelps Lima e Albert Dickson, este esposo da deputada Carla, completaram a mesa.
DESUNIÃO
Nem tudo são flores no União Brasil. Apesar da felicidade notória de Allyson Bezerra, que posou com os dirigentes nacionais do União Brasil nesta semana em Brasília e garantiu a legenda para articular sua candidatura a governador em 2026, a outra ala não gostou. O prefeito de Natal, Paulinho Freire, defende seus compromissos com a chapa Rogério Marinho (Governo), Styvenson Valentim e Álvaro Dias (senadores). Paulinho poderá até trocar de sigla, caso não seja ouvido pela nacional.
CORTESIA
Ontem no almoço no restaurante da Anorc Paulinho Freire era o único da foto que não mostrou empolgação com a candidatura de Allyson governador. Até membros de outras siglas como Kelps Lima e Nilda, do Solidariedade, Mariana, do PSD, e Dr. Tadeu, do PSDB, demonstraram torcida e empolgação.
PSD FIRME
A Coluna Opinião tinha adiantado que a senadora Zenaide Maia estava atenta aos jogos políticos dos senadores Rogério Marinho (PL) e Styvenson Valentim. O último assinou a ficha do PSDB visando uma fusão com o PSD este ano para depois assumir o controle da sigla no Rio Grande do Norte. Zenaide esteve nesta semana com o presidente nacional do PSB, Gilberto Kassab, que é secretário de Governo e Relações Institucionais do governador Tarcísio de Freitas, em São Paulo.
RECADOS
“Ele deu todo apoio para o fortalecimento do partido no Estado. Ouvimos o que queríamos ouvir. Quanto a nós, estamos aqui, trabalhando todo dia para o PSD crescer”, revelou à Rádio 98 FM o prefeito Jaime Calado, ao ser questionado sobre o encontro com Kassab. E disse mais: Que, sem fusão, significa que o PSD não muda de mãos. Não precisa alterar seu regimento e nem abre brecha para possível debandada de parlamentares, garantiu o prefeito e esposo da senadora.
OBSERVANDO
O senador Rogério Marinho (PL) desembarcou em Natal na quinta-feira, e já planejou visitas ao interior. No Seridó, vai a Caicó, cidade do prefeito Dr. Tadeu, que articulou o encontro do prefeito Allyson Bezerra com o deputado federal João Maia, nesta semana em Brasília. Rogério não tem gostado que Allyson anda atraindo prefeitos para seu projeto de ser governador. Rogério também quer a Governadoria.
COLLAB
Esta semana, em Brasília, o senador Styvenson Valentim (PSDB) recebeu o deputado federal João Maia (PP) em seu gabinete no Senado. A conversa dos dois foi testemunhada pelo prefeito Dr. Tadeu de Caicó, o mesmo que andou articulando aproximação de João com Allyson Bezerra. João, Styvenson e Tadeu fizeram questão de postar um “collab”, ou seja, compartilharam post em seus perfis no Instagram.
EXTRATOS
Fevereiro chegando quase ao fim, e o Carnaval se aproximando, mas o clima no Palácio Felipe Camarão foi de balanço nas últimas horas. O AGORA RN deu manchete de capa ontem: “Paulinho Freire herda R$ 862 milhões em dívidas e 46 obras paralisadas em Natal”. Ou seja, o ex-prefeito Álvaro Dias deixou, no total da dívida, R$ 349,8 milhões referem-se a despesas liquidadas e não pagas, enquanto R$ 513 milhões são despesas empenhadas ainda sem cobertura financeira.