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Paralisação
Federações e Seturn vão à Justiça para evitar prejuízos com parada prevista para esta sexta
Presidentes de entidades empresariais chamam atenção da sociedade para a necessidade de gerar emprego e renda neste momento de crise
Redação
24/11/2016 | 16:49

As Federações do Comércio, das Indústrias e dos Transportes, em conjunto com o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Natal (Seturn), deram entrada nesta quarta-feira, 23, em uma ação judicial que tem como alvo eventuais prejuízos que a paralisação geral convocada pelas entidades sindicais do país para esta sexta-feira, 25 de novembro possa trazer no Rio Grande do Norte. A “Ação de Obrigação de Fazer, com Pedido de Tutela Antecipada” pede que o Estado, por meio das autoridades constituídas, seja instado a garantir que, “… embora haja a reunião dos protestantes, permita-se a passagem, ainda que reduzida, de pessoas e automóveis e a segurança da população e dos empregados das empresas permissionárias do serviço de transporte urbano”. A medida tem o apoio, ainda, da Faern, Associação Comercial, FCDL e CDL Natal.

No entendimento dos empresários, há uma grande preocupação e perplexidade com a paralisação. Segundo deles, a atitude vai de encontro ao sentimento que vem permeando a sociedade brasileira e também se choca com a necessidade que o atual momento de dificuldades econômicas impõe ao Brasil. Além disso, no caso específico do comércio, o dia 25 de novembro é a Black Friday, data promocional importada dos EUA e que já consegue grande mobilização de consumidores no Brasil. Caso haja de fato a paralisação, os prejuízos para o setor serão amplificados.

“A hora, no nosso entendimento, é de arregaçar as mangas e de trabalhar. Precisamos produzir, gerar emprego e renda para nosso povo. Esta, sim, é a melhor maneira de caminharmos para superar as dificuldades. Parar o país, os estados e as cidades é ‘jogar contra’ o esforço que vem sendo feito pela maioria da sociedade brasileira no sentido de retomarmos o rumo do crescimento”, afirma o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do RN, Marcelo Queiroz. Ele ressalta ainda que a medida judicial tem como objetivo garantir a ordem e o respeito aos preceitos constitucionais, no caso de serem efetivamente realizados a paralisação e os protestos.

Já o presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiern), Amaro Sales, diz que é preciso respeitar limites. “É inadmissível que, diante de tanto desemprego, trabalhadores sejam impedidos de acessarem seus locais de trabalho. O direito de manifestação é indiscutivelmente legítimo, desde que respeite limites e o direito dos outros. Sinceramente, lamento bastante a insensatez de um protesto que tenta parar o Brasil, obstruindo o trabalho e a produção, valores estratégicos para a verdadeira retomada do crescimento econômico e, consequentemente, para a melhoria de vida de todos os segmentos sociais”, afirma Sales.
O presidente da Federação dos Transportes do Nordeste (Fetronor), Eudo Laranjeiras, classificou o movimento de “absurdo”. “Num momento em que o país está precisando trabalhar. Numa hora em que estamos precisando de empregos – afinal, temos 12 milhões de desempregados no país – não é possível que pessoas pensem em atrapalhar todo o setor produtivo e o ir e vir da população, realizando um movimento absurdo, em um dia de semana, útil, prejudicando todos os que querem trabalhar e as empresas, que estão com o 13º salário para ser pago. Só posso acreditar que quem organiza este tipo de protesto está seguindo a teoria do ‘quanto pior, melhor’. É um absurdo!”, disparou Laranjeiras.

O presidente da Federação da Agricultura do RN (Faern), José Vieira, também conclama a união de todos: “Para que possamos sair da crise em que o Brasil se encontra, é preciso haver compromisso de toda a sociedade. Não será fechando ruas, paralisando avenidas ou estradas, que iremos alcançar estes objetivos. É preciso que todos – setor privado, setor público, estudantes, produtores rurais, trabalhadores, enfim, todos -, nos unamos em torno de um único objetivo, que é o de trabalhar, produzir e gerar emprego. Esta é a única receita eficiente para que possamos sair dessa crise”, pontua ele.

“Este tipo de protesto, ferindo os direitos da maioria da sociedade e apostando na suspensão da produção é algo absurdamente contraditório. Não consigo aceitar a postura de pessoas que, para defender o direito de alguns sacrificam a tantos outros e, para protestar contra um momento de dificuldades econômicas que o país vive, obriga o setor produtivo a paralisar suas atividades, impondo mais dificuldades para quem precisa produzir. Todo o contexto me parece um enorme contrassenso”, diz o presidente da Federação das Associações Comerciais do RN, Itamar Maciel.

“É totalmente inoportuna, para o momento atual da nossa economia, uma greve geral. Todo mundo tem o direito de protestar, claro. Mas, com a economia tão fragilizada como estamos, este tipo de paralisação irá afetar fortemente todo o país. O bom senso, a meu ver, determinaria que os protestos ocorressem de outra forma. Mas, se os organizadores do movimento mantiverem a decisão pela paralisação, que pelo menos seja respeitada a legislação que prevê, entre outras coisas, 30% do funcionamento dos serviços essenciais, entre eles os de transportes, sem os quais os prejuízos para a atividade produtiva são ainda maiores, uma vez que as pessoas não conseguem se locomover e, portanto, ficam impedidas de consumir”, diz o presidente da CDL Natal, Augusto Vaz.

O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Norte (FCDL RN) Afrânio Miranda está indignado e classifica como irresponsável a Greve Geral. “É um absurdo! Como é que um país que está em crise vai parar completamente em um dia útil? Como é que a indústria vai deixar um dia de produzir, o comércio de vender e os Governos de arrecadar impostos? Não podemos nos dar esse luxo. Essa greve é absurda, irresponsável! Estamos vivendo aqui no Rio Grande do Norte especificamente uma forte crise financeira. O poder Municipal e Estadual não tem recursos, estão atrasando pagamentos, sem condições para pagar décimo terceiro, e ainda assim vamos parar? Não deixaremos só de trabalhar, mas de gerar recursos para o Município e Governo, recursos esses que poderiam ser utilizados para pagar a folha dos servidores públicos. Se paramos neste dia o comércio deixará de recolher mais de R$ 3 milhões de impostos”, enfatizou.

Miranda ressalta ainda que a data marcada para a greve geral é a Black Friday, atualmente uma data forte para comércio e que a greve vai prejudicar ainda mais o setor. “Os comerciantes brasileiros tem amargado nos últimos meses constates quedas em vendas. O desemprego só cresce, o número de empresas fechando as portas é cada vez maior, e agora mais essa greve geral na melhor data para vendermos. Não podemos aceitar esse absurdo!” afirmou.

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