22/11/2018 | 16:35
O general da reserva do Exército Girão Monteiro, deputado federal eleito pelo PSL, usou as redes sociais para criticar o que classificou como “canalhice” dos atuais membros do Congresso Nacional com o presidente eleito, Jair Bolsonaro, seu correligionário.
Em publicação no Twitter, Girão defendeu a redução do tempo entre a eleição e a posse de deputados federais e senadores, para evitar que parlamentares que não conseguiram reeleição aprovem medidas que prejudiquem o próximo governo.
“O que se faz de canalhice, principalmente por aqueles que não são reeleitos, não tem cabimento. Se estes não honram nem o próprio nome, quiçá a mãe pátria”, escreveu o general no microblog.
De acordo com o deputado eleito, o sistema político nacional não age com ética ao aprovar reajustes e fazer novas nomeações antes de o futuro governo assumir. “Para mim, é uma canalhice que está acontecendo. Hoje mesmo tem um grupinho no Congresso tentando acabar com a Lei da Ficha Limpa. Hoje, temos deputados aí cumprindo o mandato com tornozeleira eletrônica, outros dormindo na Papuda (presídio) e acordando para trabalhar no outro dia. Os brasileiros não podem e não querem mais aceitar essa situação”, afirmou, à reportagem do Agora RN.
No início do mês, o Senado aprovou o projeto de lei que autoriza um reajuste de mais de 16% na remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal. A medida, que ainda depende da sanção do atual presidente, Michel Temer (MDB), pode acarretar um impacto sobre as contas públicas estimado em R$ 4 bilhões.
O presidente eleito criticou o reajuste. De acordo com Bolsonaro, que aconselhou Temer a vetar o projeto, “não é o momento” de se aprovar aumento nos gastos públicos.