A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) informou nesta quinta-feira 2, por meio de nota, que não há registro de casos confirmados ou suspeitos de intoxicação por metanol no Rio Grande do Norte até o fim da tarde. Segundo a pasta, toda a estrutura de vigilância, incluindo o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) e o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), segue em monitoramento.
A Sesap emitiu a primeira nota técnica de orientação aos municípios potiguares, em alinhamento ao Ministério da Saúde. O documento trata da detecção precoce, manejo clínico e notificação imediata de casos suspeitos e confirmados.

A nota é direcionada aos serviços de saúde e aborda desde a definição de casos suspeitos a partir da avaliação clínica até as condutas de tratamento e exames, além da forma de notificação oficial às autoridades sanitárias.
O metanol é um solvente altamente tóxico. A ingestão, frequentemente ligada ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, pode causar intoxicações graves. Entre os principais sintomas estão dor abdominal, visão adulterada, confusão mental e náusea, que podem surgir entre 12 e 24 horas após a ingestão.
Segundo a Sesap, diante desses sinais, o paciente deve procurar atendimento médico no serviço de emergência mais próximo. O profissional de saúde deve entrar em contato com o CIATox da sua região para que seja feita a notificação e a investigação do caso.
O Ministério da Saúde classificou a situação como Evento de Saúde Pública, em razão do aumento de casos registrados, especialmente em São Paulo. Para acompanhar o cenário, foi instalada uma Sala de Situação na quarta-feira 1º, com o objetivo de monitorar os registros em todo o país.
Intoxição por metanol: Brasil tem 48 casos em investigação
O país registrou, até o momento, 48 casos em investigação relacionados à intoxicação por metanol. Esse balanço foi apresentado pelo ministro da Saúde Alexandre Padilha, em entrevista à imprensa na Sala de Situação, instalada pelo governo federal para monitorar os casos e coordenar as medidas de resposta.
Ao todo, já foram confirmados 11 casos por meio de detecção laboratorial da presença do metanol por um Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (Cievs).
Apenas uma morte decorrente da intoxicação por metanol foi confirmada pelo Ministério da Saúde no estado de São Paulo. Outros sete óbitos estão em investigação, sendo dois em Pernambuco e mais cinco em São Paulo.
Dicas para identificar bebidas falsificadas
- Verifique a caixa: confira se as grafias estão corretas e se não há erros de impressão.
- Observe o rótulo da garrafa: ele deve estar intacto e com a grafia perfeita.
- Examine o lacre da tampa: normalmente é físico, mais duro, soldado ponto a ponto; confira se os pontos estão alinhados.
- Cheire a bebida ao abrir: o metanol tem odor muito forte, diferente das bebidas alcoólicas originais.
- Prove com cuidado: o sabor da bebida adulterada é intragável e totalmente diferente do original.