18/05/2017 | 11:44
A secretaria de Assistência Social de Extremoz promoveu nesta quarta-feira (17) uma mesa redonda com a participação de agentes comunitários de saúde e conselheiros tutelares. O evento, que faz parte da semana de ações preventivas de enfrentamento ao abuso e exploração sexual infanto-juvenil, teve como objetivo discutir formas de se identificar o abuso sexual a menores nas famílias visitadas por estes profissionais.
A palestrante foi a secretária adjunta de Assistência Social de Extremoz, a psicóloga Andressa Kerley. Também compuseram a mesa a promotora de Justiça da Comarca de Extremoz, Lidiane Câmara; a escrivã da Polícia Civil de Extremoz, Sâmara Trigueiro; e a assistente social Alexandra Silva.
Intitulada “É tempo de Proteger!”, a ação vem realizando, desde o início da semana, oficinas, palestras educativas e outros eventos para tratar do tema. O objetivo da semana é conscientizar a sociedade e trabalhar a prevenção de casos de violação dos diretos da criança e do adolescente.
A palestrante, psicóloga Andressa Kerley falou sobre a mudança de comportamento de crianças e adolescentes que sofrem abuso, ressaltando a importância de os adultos mais próximos ficarem alerta a possíveis alterações comportamentais. “Aquela criança que é extrovertida, alegre, mas que de repente se fecha ou que na escola era um bom aluno e depois se tornou agressivo, esse é o primeiro sinal de mudança de comportamento que pode estar associado ao abuso sexual”, afirmou a psicóloga.
O prefeito de Extremoz, Joaz Oliveira, agradeceu a colaboração de todos os que se mobilizaram para que o evento fosse possível. “Parabenizo a secretaria e todos os órgãos envolvidos na realização desse evento. É um tema muito oportuno: É tempo de proteger. É importante que tenhamos essa capacitação, a fim de fazermos uma rede de proteção firme para que a gente cumpra esse papel de garantir os direitos de nossas crianças e adolescentes”, disse o prefeito.
A escriva Sâmara Trigueiro fez um apelo para que os agentes de saúde e conselheiros tutelares que estão em contato diário com as famílias denunciem os casos de abuso que forem identificados. “A Polícia Civil não tem como sair de porta em porta para identificar o problema. Vocês, os agentes comunitários e conselheiros tutelares, estão diariamente em contato com as famílias e têm condições de identificar e denunciar”, declarou a escrivã.
A promotora Lidiane Câmara falou sobre a atuação do Ministério Público em casos de abuso e exploração sexual infantil e reforçou o pedido para que sejam denunciados os casos identificados. “A impunidade gera uma sensação de que a pessoa pode tudo. Então esses agressores têm que ser punidos e as vítimas têm que ser tratadas e ter seus direitos assegurados”, acrescentou.