06/11/2015 | 12:13
Os servidores do Itep retomaram suas atividades, na manhã desta sexta-feira (6), após uma paralisação de 48 horas. A categoria fez a mobilização após as negociações com o Governo do Estado, sobre o Estatuto, terem travado. No entanto, uma nova reunião entre o Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte (Sinpol/RN) e o Gabinete Civil foi realizada, no final dessa quinta-feira (5).
A categoria estava acampada em frente à Governadoria e a Diretoria do SINPOL-RN foi convidada para a reunião. Os representantes do Sindicato informaram que os servidores não concordavam com a minuta que havia sido apresentada pela Consultoria Geral, pois ela não contemplava a maioria dos trabalhadores, beneficiando apenas um grupo de aproximadamente 30 pessoas.
“Ao longo desses 11 meses de negociação, o Governo do Estado nos apresentou três minutas, todas praticamente iguais, trazendo grandes prejuízos para os servidores, pois pela proposta eles seriam excluídos, o que não é moral e nem justo com aqueles que ao longo dos anos deram a vida para manter o funcionamento do Itep”, disse Paulo César de Macedo, presidente do Sinpol/RN.
Na reunião desta quinta-feira, estavam presente a chefe do Gabinete Civil, Tatiana Mendes Cunha, o vice-governador, Fábio Dantas, e o consultor-geral adjunto, Maurício Fontes, que havia preparado a última minuta.
Diante do impasse, o vice-governador e a própria chefe do Gabinete reconheceram que não seria justo a exclusão dos servidores no Estatuto. Com isso, ficou acordado que, na próxima terça-feira (10), haverá uma reunião entre o consultor-geral adjunto, o Sinpol/RN e a direção do Itep, para que seja feito uma análise dos pontos divergentes entre as partes.
“O que for questão jurídica, será definido por esse grupo e as questões políticas serão resolvidas por mim e pelo governador”, disse Tatiana Mendes Cunha. Além da reunião da terça-feira, outra já foi marcada para a sexta-feira, dia 13, na qual se deverá ter a conclusão da minuta.
“A categoria espera que até o dia 20 essa minuta esteja pronta e seja enviada para a Assembleia Legislativa, pois já há uma deliberação de que se isso não acontecer, os servidores poderão deflagrar greve por tempo indeterminado”, completa Paulo César de Macedo.