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Sem perdão
Justiça do Texas executa mexicano condenado por estupro e assassinato
Rubén Ramírez Cárdenas recebeu a pena de morte por crimes cometidos contra prima de 16 anos; execução foi classificada como 'ilegal' pelo México
Por Redação
11/11/2017 | 18:00

Mesmo diante da oposição do governo do México, da Organização das Nações Unidas (ONU), o estado do Texas, nos Estados Unidos, executou na noite desta quarta-feira o mexicano Rubén Ramírez Cárdenas pelo sequestro, estupro e assassinato, em 1997 de sua prima Mayra Laguna, de 16 anos, informou o Departamento de Justiça Criminal local.

Cárdenas, de 47 anos, que nasceu no estado mexicano de Guanajuato, foi condenado à morte em 1998 pelo crime cometido um ano antes, em fevereiro de 1997, em McAllen, cidade do sul do Texas que faz fronteira com a cidade mexicana de Reynosa. Ele recebeu uma injeção letal na prisão de Huntsville. Suas últimas palavras foram: “Não posso nem quero me desculpar por um crime cometido por outra pessoa, mas voltarei para a justiça. Podem contar com isso”.

Um júri considerou que ficou comprovado que Cárdenas e seu cúmplice, Tony Castillo, entraram na casa da vítima pela janela do quarto, a retiraram do local, estupraram e estrangularam a jovem até sua morte, em seguida abandonaram o corpo num canal da cidade de Edinburg, vizinha a McAllen. Roxana Laguna,  irmã de Mayara, disse após a execução que “palavras não podem descrever o alívio que senti ao saber que há paz verdadeira depois de tanta dor”.

O mexicano confessou o crime às autoridades e levou os investigadores até o corpo da vítima. Contudo, sua advogada, Maurie Levin, sustentava que a confissão foi obtida sob coação e que o réu era inocente. Ela insistiu que novos testes de DNA fossem realizados nas unhas da vítima, mas o pedido foi negado pelos tribunais americanos.

A execução de Cárdenas despertou interesse internacional, e tanto o governo do México como as ONU e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pressionaram o Texas para que a suspendesse. Os órgãos alegavam uma suposta falta de garantias no processo judicial do acusado. Entre as supostas violações, está o fato de o acusado não ter tido a oportunidade de entrar em contato com o consulado mexicano nos Estados Unidos após ter sido preso. Diplomatas do México condenaram a decisão, a qual classificaram como “ilegal”, segundo informa a agência de notícias Reuters.

 

 

Fonte: Veja

 

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