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Adeus
Após mais de 15 anos no comando, Bernardinho deixa seleção de vôlei
Bernardinho vai ajudar o novo treinador, Renan Dal Zotto, ex-jogador da seleção; ele será uma espécie de coordenador do time masculino
Por Folha de S. Paulo
11/01/2017 | 16:28

Terminou a era Bernardinho na seleção brasileira masculina de vôlei. Nesta quarta-feira (11), a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) informou que o técnico deixa o cargo que ocupou por mais de 15 anos, desde 2001. Renan Dal Zotto, ex-jogador da seleção, foi anunciado como substituto.

“É um pouco do desgaste natural ao longo dos anos. Ele [Bernardinho] quer um tempo para cuidar da própria saúde e da família. Não tem nenhum problema com a CBV’, disse o diretor de seleção da confederação Radamés Lattari.

Segundo o executivo, Bernardinho vai ajudar o novo treinador. Ele será uma espécie de coordenador do time masculino.

O ex-treinador também foi convidado para ocupar um assento no Conselho Diretor da entidade

“Vocês não podem imaginar quanto foi sofrido para ele tomar essa decisão. Mas ele estava aliviado na noite de ontem [terça] e vai conversa com vocês para explicar a decisão dele”, acrescentou Lattari.

Em Copas do Mundo, realizadas a cada quatro anos, Bernardinho disputou quatro edições com a seleção masculina, conquistando dois ouros (2003 e 2007).

No Campeonato Mundial, também de quatro em quatro anos, foi ainda melhor. Em quatro participações, três ouros.

A possibilidade da saída de Bernardinho do cargo surgiu logo após o término da Rio-2016. O treinador teria dito à CBV que poderia sair para dedicar mais tempo à família.

Em outubro, ainda sem resposta sobre a permanência dele, a CBV disse que não tinha plano B, caso Bernardinho saísse, e o diretor-executivo da entidade, Ricardo Trade, confirmou o desejo de que ele permanecesse, o que não ocorreu.

CARREIRA

Antes de se tornar o técnico mais vitorioso do esporte brasileiro, Bernardinho atuou como jogador desde os 13 anos.

Levantador, vestiu a camisa da seleção de 1979 a 1986, sendo tri-campeão sul-americano, campeão pan-americano, vice-campeão mundial e da Olimpíada de Los Angeles-1984.

Depois de fazer parte da geração de prata, que alçou o vôlei nacional a um patamar mais elevado, iniciou a carreira de técnico.

Na Olimpíada de Seul-1998, foi assistente do treinador Bebeto de Freitas na seleção masculina.

Teve experiências na Itália e, em 1994, assumiu a seleção feminina.

Comandou as mulheres até 2000 e com elas ganhou dois bronzes (Atlanta-1996 e Sidney-2000), além de três Grand Prix (1994 / 96 e 98).

Em 2001, assumiu a seleção masculina. Além dos homens, Bernardinho também se dedicou ao vôlei feminino, em clubes, ganhando 11 Superliga.

POLÊMICAS

Além das caras e bocas e do nervosismo à beira da quadra, nos 16 anos à frente da seleção masculina Bernardinho também colecionou polêmicas.

Em 2007, cortou o levantador Ricardinho do time que jogou o Pan do Rio. O então melhor do mundo na posição disse que se sentia traído pelo corte, sobre o qual não havia sido avisado. Sem explicar muito bem o motivo de sua decisão, Bernardinho convocou seu filho Bruninho para a reserva de Marcelinho. Em sua biografia, Giba conta que o problema teria decorrido após atos de indisciplina de Ricardinho.

Em 2010, na Liga Mundial, o Brasil já classificado teria cruzamentos mais fáceis caso perdesse para a Bulgária e ficasse em segundo do grupo, o que aconteceu. À época, Bernardinho admitiu que poupou atletas e que jogou com o regulamento debaixo do braço, mas nunca que entregou o jogo.

O fato, porém, repercutiu negativamente, ainda mais porque Giba, um dos principais jogadores da época, afirmou que o jogo seria “a mancha em sua carreira”.

Em 2014, Bernardinho anunciou que havia retirado um câncer maligno no rim. Ele usou a doença para fazer uma metáfora sobre o escândalo de corrupção envolvendo a CBV, acusada de desviar verbas de patrocínio. Bernardinho foi apontado como o responsável pelas denúncias à entidade, mas negou o fato e disse que, na verdade, se sentia triste e traído.

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