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Segurança
Redução de spread elimina risco de título público perder da poupança
Redução de uma taxa cobrada de quem vende títulos do Tesouro Direto corrigidos pela Selic (juros básicos da economia), anunciada na sexta-feira, 5, elimina o risco de o papel render menos que a poupança
Redação
07/04/2019 | 08:44

A redução de uma taxa cobrada de quem vende títulos do Tesouro Direto corrigidos pela Selic (juros básicos da economia), anunciada na sexta-feira, 5, elimina o risco de o papel render menos que a poupança em algumas ocasiões, esclareceu o Tesouro Nacional. Segundo o órgão, a medida foi necessária para diminuir o receio de investidores de aplicar em títulos públicos.

O Tesouro Direto oferece papéis de diversos tipos. No entanto, o Tesouro Selic era o único que eventualmente perdia da poupança. No caso de resgates próximos à data de aniversário da caderneta, a poupança rendia mais que o Tesouro Selic se o dinheiro fosse retirado até seis meses depois da aplicação.

Essa situação só perdurava nos dias próximos ao aniversário da poupança. Isso porque a caderneta não paga o rendimento todos os dias, apenas uma vez a cada 30 dias, contados a partir da data em que o correntista transferiu dinheiro para a caderneta. O Tesouro Selic paga rendimentos todos os dias, até a correção atingir 6,5% em um ano, equivalente à variação da taxa Selic. A poupança, em contrapartida, rende apenas 70% da Selic nas condições atuais do mercado.

“Como o Tesouro Selic rende um pouquinho a cada dia e a poupança rende de uma só vez a cada mês, o aplicador poderia perder em algumas ocasiões se resgatasse os títulos públicos no curto prazo”, explica o diretor-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), Miguel de Oliveira. Ele enfatiza que a diferença não está nas taxas de rendimentos, sempre mais altas no Tesouro Selic, mas no fato de que o rendimento da poupança é concentrado um dia no mês.

Para contornar a situação, o Tesouro reduziu, de 0,04% para 0,01% ao ano o spread do Tesouro Selic. O spread é a diferença de preços entre o momento do investimento e o momento do resgate antes do vencimento de um título. No curto prazo, a diminuição da taxa iguala o rendimento da poupança e do Tesouro Selic próximo aos dias de aniversário da caderneta. No médio e no longo prazo, amplia a vantagem dos títulos públicos.

Migração

O diretor-presidente da Anefac elogia a medida e diz que essa era uma reivindicação antiga dos investidores, que eliminou o risco de os títulos públicos perderem eventualmente da poupança. Ele, no entanto, diz não acreditar em migração em massa da poupança para o Tesouro Direto.

“A redução do spread ajuda a equiparar a poupança ao Tesouro Selic, mas uma debandada em massa para os títulos públicos não deve ocorrer porque a caderneta ainda é uma aplicação simples, isenta de Imposto de Renda e com retirada imediata. Muitos investidores continuarão a preferir a poupança, mesmo ela rendendo menos”, explica.

Por render diariamente, o Tesouro Selic é o papel mais indicado para quem quiser fazer uma reserva de emergência, como na poupança, desde que o dinheiro fique pelo menos 30 dias parado. O saque não é imediato, como na caderneta. Caso o aplicador peça o regate, o dinheiro só é retirado no dia útil seguinte, se a operação tiver sido feita antes das 18h, ou dois dias úteis mais tarde, se a ordem tiver sido dada depois das 18h.

Aplicação

O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só tem de pagar uma taxa à entidade responsável pela custódia dos títulos, embora muitas corretoras e bancos tenham zerado a taxa. Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.

A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.

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