16/05/2015 | 19:07
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou neste sábado (16) que é preciso ter disciplina orçamentária, para tentar retornar ao nível de 2013. Um ano considerado bom para o desempenho econômico e também no controle dos gastos do governo.
“É um exercício de disciplina, mas 2014 foi um ano que foi um pouco além do que a gente consegue sustentar. 2013 foi um ano bom, até certo ponto expansionista, então é uma boa linha de referência”.
Levy está em Santa Catarina neste sábado. Pela manhã, ele fez uma palestra em Florianópolis e, à tarde, visita empresas em Joinville, no Norte do estado.
Conforme o ministro, o governo vem estudando maneiras de simplificar a cobrança dos impostos no Brasil, como ICMS e Confins, para facilitar a vida dos empresários. “No Brasil tem que se diminuir a complexidade da cobrança dos impostos, ajudar as empresas a crescerem”.
Mais cedo, o ministro também disse que o “Brasil tem que mudar e está começando a mudar com o ajuste fiscal”. Ele destacou que o esforço é reduzir custos nas áreas onde é possível cortar. “Eu continuo achando que o mais importante é a gente ter uma linha de base. É o que a gente vai gastar”. Ele reconhece ainda: “nós sabemos que a receita é muito menor do que o Congresso manteve no orçamento [para 2015]”.
De acordo com o ministro, não há mais espaço para despesas. A criação de novos gastos irá refletir em novos impostos, conforme Levy. Além disso, com a derrota do governo em alguns pontos na votação do ajuste fiscal pela Câmara dos Deputados – que não aprovou o endurecimento das regras para a concessão do auxílio-doença e mudou o cálculo da aposentadoria -, o ministro afirma que deve ser necessário fazer o governo diminuir ainda mais os gastos.
“Acho que é muito claro, que a alternativa seria de aumentar impostos. Toda vez que se cria um gasto novo, obviamente, está se contratando novos impostos, por isso, é muito importante na hora em que as coisas são votadas de não se criar novos gastos, porque vai implicar em novos impostos”, ressaltou.
*G1