15/01/2019 | 14:38
O general Eliéser Girão Monteiro Filho, deputado federal eleito pelo PSL no Rio Grande do Norte, defendeu a inclusão dos militares na reforma da previdência. O texto final da reforma deve ser encaminhado no próximo mês ao Congresso Nacional.
Mesmo os militares representando cerca de 4% do total dos aposentados e beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que soma 30,2 milhões de pessoas, o déficit previdenciário dos militares somou R$ 86,3 bilhões em 2017. O valor correspondeu a 47,3% do déficit geral da previdência, que foi de R$ 182,4 bilhões no ano de 2017.
Segundo Eliéser Girão, que foi entrevistado pelo programa “Jornal Agora”, da Agora FM, o atual quadro de déficit previdenciário brasileiro justifica o ingresso dos militares. “Nós, os militares, não temos previdência, temos uma pensão militar. No entanto, chegamos a um ponto limite, em que tem que haver uma participação da classe militar”, reforça.
O deputado federal se diz favorável para que seja incluída o mecanismo de capitalização, que é uma das bandeiras do ministro da Economia, Paulo Guedes. O sistema permite que o trabalhador possa investir os próprios recursos em um conta individual. “Nenhum governo consegue pagar isso daí [déficit previdenciário]. A atual proposta da previdência possibilita um regime misto, em que quem quer ganhar um pouco mais precisa pagar uma previdência complementar”, detalha.
Eliéser Girão, que já foi secretário de Segurança do Rio Grande do Norte, avaliou também a explosão de violência dos últimos dias no Ceará. Ele é partidário da inclusão dos crimes e atentados ocorridos em diversas cidades cearenses como ações de terrorismo. “Devem ser enquadradas na Lei de Segurança Nacional”, reforça.
O deputado federal eleito não acredita que haverá dificuldades na interlocução entre o presidente Jair Bolsonaro e governadora Fátima Bezerra. “O diálogo é que tem de construir a solução política para os Estados. Não adianta estimular brigas, se a solução que a população precisa é melhoria de qualidade de vida”, aponta.
Ele também se dispôs a ser um interlocutor entre a gestão estadual e o governo Bolsonaro. “A governadora sabe que eu me posicionei como um político amigo do Rio Grande do Norte. Na hora de que ela precisar com o presidente Jair Bolsonaro, ela pode contar comigo para poder fazer a intermediação”, encerra.