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Natal inicia força-tarefa de combate ao Aedes aegypti por Nossa Senhora da Apresentação
Luiz Roberto Fonseca afirmou que este é o momento de acabar com os focos do mosquito
Redação
30/12/2015 | 14:54

O município de Natal definiu, em reunião realizada na tarde desta terça-feira (29) no Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (DVS-SMS), durante a instalação do Gabinete de Gerenciamento de Crise, as primeiras estratégias para o enfrentamento ao Aedes aegypti, vetor transmissor de doenças como a dengue, zika e chikungunya. Ficou definido que a primeira força-tarefa do município de combate ao mosquito será realizada na primeira quinzena de janeiro no bairro de Nossa Senhora da Apresentação, na zona Norte de Natal, que hoje apresenta-se com um quadro de surto epidêmico de dengue. A próxima reunião ficou agendada para o dia 7 de janeiro de 2016, às 15h, na sede do DVS.

A reunião contou com a presença de diversos setores da Secretaria Municipal de Saúde, como o Departamento de Atenção Básica e do Departamento de Vigilância em Saúde, bem como com representantes das Secretarias Municipais de Educação (SME), Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), Serviços Urbanos (Semsur), Trabalho e Assistência Social (Semtas) e da Urbana.

O chefe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Alessandre Medeiros, apresentou a nova metodologia adotada pela Secretaria Municipal de Saúde de combate e controle de diversas arboviroses que circulam ou que podem circular em Natal, e os dados mais atualizados em relação aos casos de dengue em Natal. Em Nossa Senhora da Apresentação, onde será realizada a força-tarefa, já foram notificados 667 casos de dengue em 2015. Durante a reunião, Alessandre Medeiros apresentou também o georreferenciamento dos pontos críticos no bairro, em relação a terrenos baldios e residências fechadas. A demanda foi repassada para a Urbana e a Semurb.

O secretário Municipal de Saúde, Luiz Roberto Fonseca, ressaltou o trabalho do CCZ, por meio do Vigiadengue, que possibilita fazer uma investigação minuciosa dos casos de dengue por bairros de Natal. Ele explica que a ação da Prefeitura deve se concentrar no bairro de Nossa Senhora da Apresentação, por hoje apresentar uma situação crítica, como forma de bloquear a transmissão no bairro.

“Iremos atuar de forma intensa durante sete dias, com uma ação intersetorial, envolvendo as diversas Secretarias do município, em especial a Semurb, Semsur e Urbana, no combate ao vetor. Estamos em uma situação de emergência em saúde pública e a responsabilidade não é apenas da Saúde, mas sim de todos. Esse é um momento de unir forças para vencer essa guerra contra o mosquito e cada ente tem seu papel nesse trabalho”.

O secretário explica que o Gabinete de crise se reunirá semanalmente para avaliar o impacto das ações desenvolvidas. “Estamos vivendo uma situação do ponto de vista epidemiológico muito grave que se assemelha ao que vivemos nos anos de 1980 e 1990 com a introdução da AIDS. A dengue está presente há quase 20 anos e a população passou a se habituar com ela, mas de repente, por meio do mesmo vetor, outras arboviroses começaram a surgir, como a chikungunya e a zika.

Luiz Roberto Fonseca afirmou que este é o momento de acabar com os focos do mosquito. “O pico da transmissão da dengue ocorre entre os meses de março, abril e maio. Este é o momento da prevenção, de a gente eliminar qualquer possibilidade de água parada, para que não tenha criadouro do mosquito. Não podemos permitir a reprodução demasiada desse mosquito, bem como devemos evitar que o mosquito nasça. Mas para isso é imprescindível o apoio, sensibilização e participação da sociedade nessa luta contra o mosquito, pois se a população não tiver essa consciência, nossas ações não surtiram efeito positivo”.

A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Juliana Araújo, reforçou a preocupação com a circulação do vírus zika, devido à sua associação com a microcefalia. “A ocorrência da microcefalia preocupa bastante, por isso é importante intensificarmos as ações de prevenção para que se evite a ocorrência de novos casos”.

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