20/07/2017 | 05:15
O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed-RN), Geraldo Ferreira, prometeu que a marcha de cerca de 80 participantes que ocorreu na última terça-feira, 18, da sede do Sinmed-RN ao Palácio Felipe Camarão, onde se encontra a sede da Prefeitura de Natal, foi apenas a primeira movimentação da classe na briga pela implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos – já prometida pelo prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), mas nunca cumprida.
Em consequência da não adequação do pleito da categoria, os médicos decretaram estado de greve. “Sabemos que a negociação e a pressão deverão ser demoradas e que vão levar tempo, mas pretendemos fazer esses protestos semanalmente”, disse Geraldo ao Agora Jornal.
Ainda segundo o presidente do Sinmed-RN, a classe médica pretende se reunir para, em assembleias, definir semanalmente novo locais e horários de protestos, em atos públicos incansáveis pela conquista dos direitos da classe médica. Geraldo Ferreira, inclusive, abriu para a possibilidade de que as novas marchas aconteçam frente a hospitais e unidades de saúde.
Em junho passado, Geraldo Ferreira, reeleito presidente até o ano de 2021, lembrou, também em entrevista ao Agora Jornal, qual é o principal motivo da urgência em se implementar o PCCV, que já está aprovado na Câmara Municipal de Natal. De acordo com ele, Carlos Eduardo prometeu que o plano seria estabelecido neste mês.
“O prefeito já sancionou esse plano há um ano, mas nunca o implantou. Temos uma promessa do prefeito para que o plano seja implantado agora em julho, mas a categoria está prevendo que vamos ter muita dificuldade com isso – vai ser uma luta muita difícil para travarmos. Por outro lado, hoje há um contingente de mais de 50% do funcionalismo da prefeitura que é precarizado, ou seja, formados através de cooperativas e empresas. É necessário e urgente que a prefeitura refaça aquele concurso que foi anulado, além de corrigir o atraso salarial”, disse na ocasião.
Além de reclamarem da promessa não cumprida do prefeito, os protestantes também se movimentaram em resposta às repetidas agressões que a categoria diz receber do Ministro da Saúde, Ricardo Barros. Eles alegam que essas agressões servem como forma de desviar a atenção dos brasileiros para os graves problemas de financiamento, corrupção e gestão que tornaram a prestação de assistência à saúde “um martírio e uma ofensa aos cidadãos brasileiros”.